Segunda, 29 Abril 2024

Balanço do povo trabalhador

No mês de dezembro, entre os jingles bells com um Papai Noel velho, todo encapuzado, de mangas compridas, numa roupa grossa nos 40 graus de nosso quase verão e a expectativa de um Feliz Ano Novo, que buscamos desde quando nascemos e ainda está no advento, é hora de fazermos um balanço do que foi este ano e o que nos espera no próximo.

Passando os olhos nas manchetes dos meios de comunicação, observamos que a pauta eleitoral ainda se sobressai, frente às compras e aos festejos, tanto em relação aos governos atuais quanto aos pretendentes dos futuros. As lideranças ainda estão nas disputas, não baixaram a guarda, as perspectivas de cada um, de cada grupo estão em pleno desenvolvimento de um plano para o futuro.

Temos também como manchetes que, nos últimos 12 meses, a inflação das famílias com renda de até 2,5 salários-mínimos caiu para 3,27%, quando o índice de preços ao consumidor recuou de 0,26% para 0,19%, entre outubro e novembro.

O Produto Interno Bruto cresceu, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), em 3,1%, acumulando uma alta de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Ministério da Agricultura achou espetacular a abertura de 72 novos mercados para o agronegócio em 2023, além de notícias excelentes também em relação à economia, indústria e mercado de trabalho.

Diversas parcerias da Alemanha com organizações da sociedade civil brasileiras e o conselho federal alemão ampliam investimentos em setores brasileiros como bioenergia e negócios entre governadores de regiões alemãs e o Brasil.

Os juros dos créditos consignados não ultrapassam o teto de 1,8% ao mês, facilitando o crédito e a saída de um endividamento entre aposentados e pensionistas.

O salário mínimo vai aumentar em janeiro de 2024 para R$ 1.412, um aumento de R$ 92, e a retomada de uma valorização que havia sido abandonada pelos dois governantes anteriores. Essa valorização ajuda muito a movimentação da economia, beneficiando milhões de aposentados que ganham em sua maioria entre um e dois salários-mínimos.

O governo federal lançou uma estratégia para alavancar o empreendedorismo feminino, com foco nas mulheres em situação de vulnerabilidade, o que fortalece a liberdade e autonomia.

O Brasil e a Alemanha assinam 19 acordos ambientais com geração de emprego e renda, uma parceria estratégica entre os dois países, recuperando o protagonismo internacional do Brasil no mundo.

Com a derrota do conservadorismo e o fortalecimento da democracia, em menos de um ano de governo democrático, as coisas começam a tomar um rumo que agrada a todos os brasileiros, gerando desenvolvimento econômico e social, com geração de trabalho e emprego e renda.

O cenário movimenta a roda da economia, superando o ciclo vicioso do lucro com a especulação financeira, com dinheiro na mão do povo trabalhador que, comprando, movimenta o consumo, que movimenta a produção, que gera emprego, gerando mais renda e fazendo a roda da economia girar.

Estamos construindo um novo brasil, com respeito às diferenças, enfrentando o preconceito e a discriminação, buscando igualdade social com equilíbrio econômico.

As nossas perspectivas para o próximo ano e os vindouros são de mais democracia, transparência, combater as mentiras e comunicando a verdade como instrumento de enfrentamento às desigualdades sociais.

As boas práticas e as experiências de sucesso devem ser de conhecimento de todos para combater a miséria, a pobreza, a fome e toda e qualquer injustiça ao povo trabalhador. Somos uma sociedade de maioria de trabalhadores que têm interesse e necessidade de trabalho, renda e comida na mesa.

Sabemos que tudo isso depende de nossas escolhas políticas, tanto nas cidades quanto no campo, nas indústrias e nas florestas. A classe trabalhadora precisa ser solidária, pois no campo e na cidade somos a mesma classe trabalhadora, que produz a riqueza do país e queremos ser reconhecidos por isso.

O povo trabalhador precisa de políticas públicas de qualidade, eficientes, com participação popular na sua elaboração e implementação, "nada para nós, sem nós".

Precisamos que a tecnologia esteja a nosso favor e não tirando nosso emprego, diminuindo nossa renda, aumentando a exploração.

Precisamos de cidades onde tenhamos acessibilidade e mobilidade, e não passando boa parte de nosso dia estressados, por horas, em transportes públicos ineficientes, para chegar no horário ao trabalho. Queremos tarifas zero para o transporte público.

Queremos participar do poder, para dar a ele a cara do Brasil, uma cara da maioria dos brasileiros, uma cara de quem trabalha, gera riqueza e não fica com a parte justa desta produção. Queremos participar para mudar a realidade, transformar as cidades e a nossa vida.

Acreditamos que um mundo melhor é possível, que podemos desenvolver com sustentabilidade, e que essa sociedade justa e democrática, com justiça social, pode ser construída pelas nossas mãos, com nossas escolhas, com nossa participação.

Está chegando um final de ano, superamos tragédias sociais e políticas nos últimos anos, mas o balanço é bom, e temos esperança de que os próximos serão melhores, acreditamos, como Paulo Freire, que "é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo".

Que os próximos anos nos tragam oportunidades de fazermos as melhores escolhas para construir um novo Brasil, a partir das nossas cidades, porque merecemos e só será construído pelas nossas mãos, segundo nossos desejos e interesses. As transformações sociais dependem das ações de quem vive do seu trabalho. Somos a classe trabalhadora. Que venha o nosso futuro!

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Comentários: 1

José Carlos em Quarta, 27 Dezembro 2023 21:20

Desejo ao Jornal Século Diário, seus colunistas e leitores boas festas e um ano novo de muitas lutas e realizações. Sigamos com colunas que nos ajudem a refletir nossa realidade e apontar caminhos para uma sociedade democrática, justa e de bem estar para todos. Venceremos.

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