Sábado, 27 Abril 2024

Casamento sólido

A forma dura como a presidente Dilma Rousseff  vem pavimentando sua candidatura à reeleição em 2014 vai favorecer o processo de recondução do governador Renato Casagrande ao governo do Estado também. Para garantir a manutenção do sistema de unanimidade política que sustenta seu palanque, o governador precisa que nacionalmente a pressão sobre as estaduais alivie.



Nos meios políticos capixabas, as lideranças são temerosas em trocar o certo pelo duvidoso, mas um racha entre o PSB e o PT traria muito incômodo para a base de Casagrande. Até porque o governador tem um perfil partidário que praticamente o obrigaria a dar respaldo local à tentativa do presidente de seu partido, Eduardo Campos, localmente.



A aproximação de Campos e o PSDB também seria um ato bastante arriscado para o governador Casagrande, já que isso inviabilizaria uma costura local, mantendo o PT em sua base. Mas os sinais de que a candidatura de Campos começa a fazer água e o desempenho fraco do senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas primeiras sondagens eleitorais, deixa Casagrande mais livre para fazer suas articulações no Espírito Santo.



No campo da oposição, um palanque começa a ser erguido com uma certa força no Estado é o da ex-senadora Marina Silva, caso a Rede consiga ser consolidada até outubro. Mas no Espírito Santo, assim como em outros estados, o grupo encontra dificuldades locais de se encaixar no jogo político de 2014.



A Rede local tem lideranças de peso e a aproximação com o PSDB e parte do PPS precisa de uma estrela para comandar o partido. Guerino Balestrassi pode comandar uma candidatura ao Senado, caso isso não seja pretensão de Paulo Hartung no próximo ano. Mas o palanque da Rede não entra em rota de colisão com Casagrande, até porque não teria um nome para a disputa ao governo para bater chapa com o socialista.

Neste quesito a preocupação palaciana segue com foco no PR do senador Magno Malta, que nos últimos dias parece ter dado uma resfriada em sua investida ao governo, o que não significa desistência.



Fragmentos:



1 – O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL)  ingressou com uma ação contra a interferência do Supremo nas decisões legislativas. É mais um golpe duro no Espírito Santo na questão dos royalties ao lado do contra-ataque do Rio Grande do Sul e da possibilidade de o Congresso aprovar as novas regras por meio de uma PEC.



2 – A pressão do governo do Estado para que a Assembleia Legislativa não investigue as denúncias de improbidade administrativa na obra do posto fiscal de Mimoso do Sul estaria agindo sobre os deputados que propõem uma CPI para investigar o caso.



3 –Agora dá para entender por que o governo do Estado e a Assembleia Legislativa tinham tanto receio do retorno de Euclério Sampaio (PDT) à Casa e por que houve tanta protelação em lhe dar posse.

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