Terça, 30 Abril 2024

Clima quente

A prisão de sete ex-prefeitos do Estado nessa terça-feira (15) por desvio de verbas, deflagrada pela Operação Derrama, movimentou o morno período político de início de ano. E olha que não era para ser. Afinal, tem muita coisa acontecendo: posse de deputado, questionamento de vaga na Assembleia, eleição extemporânea em Guarapari, eleição da mesa diretora. Mas nada disso esquentou o clima político de 2013.



A operação dessa terça conseguiu mexer pelo menos com dois cenários políticos. Em Guarapari, as prisões do ex-prefeito do município Edson Magalhães (sem partido) e do ex-prefeito do município vizinho, Anchieta, Edival Petri (PMDB), mexeram com o cenário eleitoral.



Magalhães é o principal cabo eleitoral de Orly Miguel (DEM) e o candidato que estaria liderando a disputa, Carlos Von (PSL) teria o apoio de Petri. A cidade amanheceu sob um fogo cruzado de panfletos apócrifos fazendo menção aos apoios dos candidatos. O que movimenta a disputa e coloca um ponto de interrogação na cabeça do eleitorado.



Outro cenário de disputa que sofre os efeitos da ação contra os prefeitos é a disputa pela presidência da Assembleia. Por sorte de Theodorico Ferraço (DEM), ninguém no Legislativo se colocou como alternativa à candidatura dele, costurada com o Executivo.



No caso de Ferraço, o fato de a operação que varreu o litoral sul ter “pulado” o município de Itapemirim, que também figurava no rol de prefeituras investigadas e que tinha como ex-prefeita a mulher de Ferraço, Norma Ayub (DEM).



Nos meios políticos, o caso causou comentários e a reeleição de Ferraço para a presidência da Assembleia começa a causar uma sensação de incômodo. É claro que a capacidade de recuperação de Ferraço é invejável e seu perfil corporativista ajuda na garantia de seu palanque.





Fragmentos:



1 – Dizer que há um racha na mudança de comando do PP capixaba chega a ser um exagero. Nilton Baiano passa o comando da sigla para Marcus Vicente, mas esse tom de embate interno não se configura na verdade.



2 – Como fim do revezamento entre PT e PSDB em Vitória, algumas lideranças veem espaço para outros projetos políticos que atuavam há décadas na Capital como forças aliadas.



3 – Rose de Freitas (PMDB) ao dizer que vai cumprir as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) faz o discurso antipetista, o que fortalece seu embate com Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que tem o apoio das lideranças.

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