Terça, 14 Mai 2024

Cobertor curto

Se a matemática aplicada nas disputas proporcionais já é complicada, em 2014, ela deve reprovar muita gente. No Supremo Tribunal Federal (STF) tramita a Adin 4947, movida pelo governador Renato Casagrande (PSB) para tentar reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que redistribuiu as vagas na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. Mas a tendência é de que o governador não saia vitorioso da disputa jurídica. 
 
A Advocacia Geral da União (AGU) já emitiu ao relator do processo no Supremo, ministro Gilmar Mendes, o parecer contrário à Adin. Ainda falta o parecer da Procuradoria Geral da República, mas se a análise for parecida com a da AGU vai ser muito difícil o Supremo tomar uma decisão favorável ao Estado. 
 
Caso se confirme a mudança no número de vagas, a já apertada disputa para a Câmara dos Deputados terá apenas nove cadeiras reservadas ao Espírito Santo, acirrando ainda mais a disputa. Para quem pensa em mudar de partido será preciso fazer a escolha certa e torcer também para que a coligação não fique nem pesada demais e nem sem puxadores de votos. 
 
Na Assembleia Legislativa, com três cadeiras a menos em disputa, a situação é ainda mais complicada. Os cinco suplentes que entraram este ano com a eleição de deputados para prefeituras em 2012 têm mais motivos para se preocupar. Mas isso não significa que os campeões de votos de 2010 estão com as reeleições garantidas. Mais uma vez o equilíbrio nas coligações será fundamental para decidir quem fica e quem não volta para o Legislativo. 
 
Outro problema é o número grande de lideranças que estão de fora das casas legislativas e que vão buscar uma colocação no próximo ano. Ex-prefeitos, ex-deputados, secretários de estado, lideranças que ganharam popularidade de 2010 para cá e caras novas na política deixam o cenário muito incerto e o voto dividido. Soma-se a isso as oscilações do mercado político nacional e a desconfiança da classe política sobre a movimentações dos líderes políticos do Estado, que comandam as articulações de bastidores. 
 
Fragmentos:

 
1 – A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff é um elemento a mais para confundir a já complicada movimentação das lideranças do Estado. Se havia cautela na escolha das migrações, agora a preocupação aumentou. 


2 – Mas também não dá para esperar muito, já que em outubro próximo termina o prazo das filiações partidárias para quem quiser disputar a eleição 2014. É um olho no calendário eleitoral e outro nas possibilidades oferecidas pelo mercado.


3 – E está aberta a temporada de prestação de contas de deputados estaduais e federais. Uma forma de se reunir com os eleitores, buscar aproximação com a base e se preparar para a disputa do próximo ano, sem infringir a lei eleitoral.

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