Terça, 14 Mai 2024

Cobra atrásde cobra

 

A engenharia de reeleição do governador Renato Casagrande está sendo atropelada pelo surgimento da candidatura de Paulo Hartung ao governo, quebrando a unidade que Casagrande criou para se reeleger. Numa hora inclusive em que o governador se encontra prestes a incluir no seu amplo arco de alianças o PSDB, do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas e do deputado federal César Colnago, visando contar também com o palanque presidencial do tucano Aécio Neves, que seria acrescentado ao da presidente Dilma, sob responsabilidade política do PMDB e PT. Numa contenda com o senador Magno Malta (PR), como a sua engenharia prevê, Casagrande se considera favorito, tendo à frente do seu arco de alianças o PT e o PMDB. Capaz, inclusive, de dividir com Magno o palanque da Dilma no Estado, evitando, sobretudo, que o ex-presidente Lula e a própria Dilma apareçam no palanque do Magno. Não existem dúvidas quanto às possibilidade eleitorais do senador do PR. A engenharia feita pelo Casagrande, na prática, é a continuidade da unanimidade com a qual Hartung gerenciou seu processo de reeleição e a eleição do socialista. Casagrande quer se reeleger com ela, acrescentando, em busca de maior estabilidade, os palanques presidenciais. Mas se PH vier realmente a consolidar sua candidatura, haverá um desmonte total da engenharia de Casagrande. O governador poderá ficar condenado a assistir uma disputa ferrenha entre Paulo Hartung e Magno Malta.   
 
Campos
E como fica, no Espírito Santo, a candidatura do companheiro de partido de Casagrande, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos? Nessa engenharia do Casagrande, se ele vier, não terá o governador no palanque. Ficará por conta do PSB no Estado. 
 
Campos II
Um dos trechos principais da conversa entre Casagrande e Eduardo Campos foi quando o governador disse a ele que a candidatura do presidente nacional do PSB resultaria em duas derrotas: a dele para Presidência da República e de Casagrande para o governo do Estado.  
 
Na cola
Uma notícia solta outro dia na imprensa corporativa, dando a possibilidade do ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon trocar o PMDB pelo PR do senador Magno Malta, assustou o governador Renato Casagrande. Ele despachou o presidente do PMDB, Lelo Coimbra, para segurar Zanon no partido. 
 
Rebelião
A deputada Rose de Freitas (PMDB) abriu sua candidatura ao Senado peitando o presidente nacional do seu partido, o senador Valdir Raupp, acusando-o de trama para impor a candidatura do ex-governador Paulo Hartung. Rose está alinhada com a reeleição do governador Renato Casagrande e iniciou a rebelião contra a direção estadual do seu partido.  
 
Espólio 
Aliás, a audiência deste ano do Orçamento do Estado em Santa Maria de Jetibá não contou com a habitual presença da deputada federal. Na sua ausência, estiveram por lá seus colegas de bancada Lelo Coimbra (PMDB), Carlos Manato (de saída do PDT), César Colnago (PSDB), Jorge Silva (PDT) e Paulo Foletto (PSB). Todos eles querendo ganhar uma parte do espólio eleitoral de Rose.
 
Espólio II
A deputada federal sempre teve a maioria dos votos em Santa Maria, mas o seu candidato à prefeitura foi derrotado. Depois disso, Rose não apareceu mais por lá. No entanto, trata-se de um município onde ela é muito popular e que considera a derrota do seu candidato um acidente de percurso. 
 
Pagando
O presidente da Câmara de Vitória, Fabrício  Gandini (PPS), fez os aumentos em favor dos seus colegas prometido na sua eleição para a presidência da Casa. Mas apareceu na imprensa dizendo que economizou de um canto para aplicar no outro. Como ele faz o gênero do bom moço, passou batido. Se fosse outro, apanharia muito. 
 
Presenteando
Esse fim de semana os deputados federais andaram entregando no interior equipamentos agrícolas. De uma verba de R$ 10 milhões destinada à bancada capixaba, cada um levou dois equipamentos. Pá- carregadeira e caminhões predominaram. 
 
Transparência
O prefeito de Marechal Floriano, Antonio Lidiney Gobbi (PSB), implanta também no seu município um Portal de Transparência. O que deveria ser uma iniciativa de outros prefeitos, como garantia de conhecimento das atividades pela população. 
 
PENSAMENTO:
“A crítica não é um deserto de ossos secos”. George Jean Nathan

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