Segunda, 06 Mai 2024

Comprar à vista ou à prazo?

De acordo com a pesquisa da FECOMÉRCIO-ES, os capixabas estão comprando mais. É o que mostra o índice de consumo nas famílias capixabas, que passou de 26,4% em março para 28,5% em abril, por isso este artigo tratará sobre as opções de pagamento, à vista ou à prazo.

 
Há diferenças significativas, e nem sempre consideradas no planejamento quanto à opção de pagamento de uma compra. No processo de compra, antes que seja demonstrado interesse de comprar, o consumidor deve questionar quanto custa o produto ou serviço à vista e negociar o melhor desconto possível. A negociação é inerente e específica a este momento. Grande parte dos consumidores manifesta imediatamente o interesse no produto, fala que vai comprá-lo e somente na fila do caixa fica sabendo do valor, perdendo a oportunidade de conseguir uma boa negociação.
 
Como abordamos em outras oportunidades, existem investimentos específicos para cada fase do ciclo de vida das famílias, sendo que a aquisição do imóvel e do carro são típicos da fase do novo casal, sendo adquiridos através de empréstimos ou de financiamentos. Nesses investimentos incidem juros e são parcelados em muitos anos. São dívidas comuns contratadas pelo brasileiro, mas que também sofrem com a inadimplência e, consequentemente, com o “confisco” destes pelos credores.
 
Nestes tipos de investimentos devem ser considerados no planejamento os juros embutidos, considerando também as opções para a amortização da dívida, a exemplo do uso do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço no saldo devedor do imóvel financiado pela CEF – Caixa Econômica Federal. No financiamento imobiliário além das parcelas e dos juros, devem ser projetados os custos imediatos com o registro em cartório, com o mobiliário, com a introdução do pagamento de condomínio, além dos valores destinados ao pagamento dos impostos.
 
Ao contratar empréstimo para a aquisição de carro devem ser considerados também os valores para o pagamento imediato com o emplacamento, com os seguros e outros valores que entrarão no orçamento familiar como consumo e manutenção.
 
O ideal é escolher o que quer e precisa, precificar, formar reserva com objetivo específico e comprar à vista o imóvel, o carro ou outros bens necessários, pois quando contratamos financiamentos ou empréstimos a longo prazo, levamos um e pagamos aproximadamente entre dois e três carros ou imóveis.
 
O valor destinado ao pagamento de juros das compras contratadas a prazo, poderiam viabilizar outras necessidades diárias ou custear o acesso ao lazer e a cultura ou realizar outros sonhos.
 
Pense, planeje e faça a escolha sempre a seu favor.
 


Ivana Medeiros Zon é assistente social,  especialista em Saúde Pública e em Estratégia Saúde da Família. Autora do Projeto Saúde Financeira na família: uma abordagem social, com foco em educação financeira.
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