O governador Renato Casagrande (PSB) quando perguntado sobre o assunto é incisivo na manutenção de sua confiança no líder do governo na Assembleia, o deputado estadual Élcio Alvares (DEM). O parlamentar já deixou bem claro que sua tarefa será mantida até a definição do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) sobre a candidatura ao governo.
A situação é delicada. No plenário da Assembleia os deputados Euclerio Sampaio (PDT) e Paulo Roberto (PMDB) fazem barulho. Eles estão ali desempenhando o papel de atacar Casagrande, o que beneficia o palanque do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e a classe política entende o jogo. Mesmo assim, o governador precisa reagir.
Quem tem feito o papel de defesa do governo na Casa são os deputados Vandinho Leite e Freitas, ambos do PSB. Outros que se afinam com o palanque palaciano, como Marcelo Santos (PMDB) e Josias da Vitória (PDT), também aderiram ao pelotão do governador.
Mas e o líder? Elcio Alvares tem se limitado a fazer os pedidos de urgência e encaminhar as votações, pedindo aprovação dos colegas para os projetos do governo. O líder do governo na Assembleia tem uma função mais ampla. Cabe a ele fazer a defesa do governo diante da oposição. Não se pode dizer que Casagrande tem oposição na Assembleia, mas os esperneios dos aliados de Hartung devem ser respondidos e quem tem de fazer isso é o líder.
Em um processo eleitoral que se desenha como polarizado entre Casagrande e o antecessor é inevitável as comparações entre as duas gestões. Como poderá Casagrande entrar em uma briga radicalizada com o líder militando no palanque do adversário? É ilógico.
A situação tem de ser resolvida. Casagrande deixou a decisão nas mãos de Elcio. É bonito, mas não ajuda em nada em sua campanha pela reeleição. Está na hora de o governador começar a receber currículos para a troca de líder na Assembleia.
Fragmentos:
1 – O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço (DEM) anunciou na sessão desta quarta-feira (21) a contratação de licitação para a transmissão do sinal da TV Assembleia para o interior do Estado. A contratação será por pregão eletrônico e o contrato deve girar em torno de R$ 5,7 milhões.
2 – Se sem o sinal no interior os deputados estão brigando pelo espaço na tribuna da Casa, imagina quando suas bases tiverem acesso à transmissão das sessões? Mas será que a operação começa antes da eleição?
3 – Guerino Balestrassi começa a tomar consciência sobre a inviabilidade de sua candidatura ao governo do Estado pelo PSDB e reconhece que hoje o partido está mais próximo do palanque de Renato Casagrande. E depois de todas as críticas que fez ao governo, como ficará no palanque socialista?
