Terça, 14 Mai 2024

De que lado está a CUT?

No próximo dia 21 de junho o Sindirodoviários realiza sua eleição para a escolha da nova diretoria para o quinquênio 2013-2018. Alguns elementos desta eleição merecem ser analisados com mais atenção. A começar pelo período da gestão. Considerando que uma chapa administra dois mandatos, teremos o sindicato nas mãos do mesmo grupo por um a década. 
 
Outro elemento que merece destaque é o fato de que duas chapas representam a situação. Uma delas tem o nome da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A central que deveria cuidar da mediação do processo, apoia o patrão. 
 
Tem, inclusive, depoimento de apoio do presidente da CUT, José Carlos Nunes, no panfleto da chapa. As declarações dos representantes da CUT Brasil e CNTT, que não conhecem a realidade local, são respaldadas por Nunes. O panfleto, aliás, confunde, porque Nunes é de uma facção da central, já que a maioria dos representantes da Central está com a chapa 3, que é a verdadeira oposição.
 
A preocupação da coluna, que já vinha alertando para essa situação do movimento sindical no Estado, se materializa no panfleto da chapa 2. Os maiores sindicatos do Estado estão tomando decisões desse nível. Na semana passada, alertamos nesse mesmo espaço para o fato de os Metalúrgicos não aceitarem a oposição na disputa para o sindicato.
 
Os sindicatos ficam nesse caso reféns das movimentações de uma parte da direção da CUT. É preciso que os trabalhadores acordem e se mobilizem para o que está acontecendo dentro de seus sindicatos. A CUT não é de nenhum sindicato e muito menos de nenhuma direção, é dos trabalhadores e se ela está sendo mal conduzida, cabe aos trabalhadores se unirem e cobrarem de seus sindicatos. 
 
As eleições nas entidades representativas são uma oportunidade para que as categorias se atentem para que está acontecendo. Os interesses políticos de algumas lideranças da central estão desvirtuando a função da central, que é o interesse do trabalhador. Fazer da central um mecanismo de trampolim político deve ser combatido. Evidentemente que a Central é uma ferramenta política, mas deve se manter fiel à classe trabalhadora, ou estará tudo perdido.  
 
Rodoviários, o poder do voto, eles não podem tirar do trabalhador. É hora de usar esse poder e acertar a casa. 

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