Segunda, 06 Mai 2024

De volta à redoma

A crise criada com as declarações do presidente nacional do PT, Rui Falcão, de que havia um acerto com o governador Renato Casagrande sobre um palanque livre para a Presidência da República, ligado à candidatura dele ao governo, é real. Só que se deu em outra circunstância política. E também em outra época.
 
Foi quando o governador Renato Casagrande era um soberano candidato ao governo. Com uma candidatura conduzida pelo seu partido, o PSB, junto com o PT e o PMDB. E ainda embutido, na participação do PMDB, o ex-governador Paulo Hartung.  
 
Casagrande era o candidato da unanimidade (sistema eleitoral idealizado pelo ex-governador para garantir o poder às elites capixaba até 2025). Quer dizer, na época em que ele conversou com Rui, havia, da parte de Casagrande, apenas um problema grave ameaçador, o palanque de Dilma.
 
Como acomodá-lo? Aquela altura, Dilma estava com a reeleição assegurada, tinha voto para distribuir. Casagrande tratou de encontrar um jeito de não tê-la contra a sua candidatura. Bolou essa ideia de sua candidatura não apoiar nenhum candidato à Presidência da República, que agora o Rui cobra.
 
Ai veio a rua e detonou a reeleição de Dilma e ainda deu uma sacolejada na candidatura de Casagrande. Tanto que, em seguida, o PMDB tratou de abrir caminho para saltar fora, desintegrando o tripé partidário.  E o PT, do Rui Falcão, aqui no Estado, flutuou, literalmente, diante da tarefa de dar conta, em circunstâncias eleitorais inteiramente adversas, da candidatura da presidente.
 
Considera-se, ainda, para agravar mais a missão do PT capixaba, que o partido não se acha em condições de encarar uma candidatura ao governo do Estado. Não tem ninguém em condições para a missão.   
 
Fechando o comentário, o PT, do Rui, por aqui, está relativamente n’água com a candidatura da Dilma, pelas vias Casagrande e PT. A saída vai ser mesmo o senador Magno Malta (PR), com sua candidatura ao governo, encarar o palanque de reeleição da presidente.

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