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Debandada na corte

Uma situação que vem chamando a atenção da classe política é o fato de o governador Paulo Hartung (PMDB) se ver encurralado pela imprensa para ter de se pronunciar sobre assuntos espinhosos. Algo que antes não precisava acontecer. Hartung sempre teve seus emissários, que passavam que expunham o ponto de vista do governo e encerravam o assunto. Mas onde estão os antigos emissários do governador Paulo Hartung que sempre atuaram em sua defesa?
 
Nessa segunda-feira (3), o vice-presidente da Assembleia, Marcelo Santos (PMDB), foi à tribuna da Assembleia criticar a movimentação do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), de fazer um estudo de viabilidade, que coloca em xeque a concessão à Cesan do serviço de água e esgoto da Capital para a Cesan. Nesta terça-feira, o assunto continuava vivo e muito vivo na Assembleia, tanto que uma CPI foi protocolada para investigar a atuação da companhia.
 
O governador que até então não havia se manifestado sobre o assunto foi questionado em um evento em Vila Velha. Mandou recados e não gostou de ser inquirido se o endereço da indireta seria para o prefeito de Vitória. Esse não é um caso isolado, de forma recorrente o governador tem sido obrigado a fazer sua própria defesa, geralmente usando o maniqueísmo para tirar o peso das investidas contra sua política de austeridade.
 
Durante a crise da segurança pública, o governador teve de antecipar seu retorno ao Estado depois de uma intervenção cirúrgica em São Paulo para extirpar um tumor na bexiga. Pouco falou na coletiva que participou, mas seu discurso foi de ataque a um movimento de outras lideranças políticas para tentar resolver a questão, que também foi tratada como conspiração.
 
O governador que sempre foi o grande player do cenário político do Estado, hoje não tem mais o controle de antes. Ninguém sabe o destino de Hartung em 2018. Ele também não movimenta mais suas peças como nos dois mandatos anteriores. Não se sabe também aonde vão os aliados de Hartung no próximo ano.
 
Suas tentativas de articulação, como por exemplo, trazer Ricardo Ferraço (PSDB) para disputar o governo não deram certo. Sua corte, que sempre obedeceu cegamente aos seus desígnios, está em debandada. Muitos deles já perceberam que nas atuais condições é mais fácil soltar a mão do governador e cuidar do próprio destino. Com sua corte em debandada, o rei está sozinho.

Fragmentos:

1 – O que faz o humorista Marcelo Madureira no tal comitê gestor da Prefeitura de Vitória. Sem qualquer identidade com a cidade, sem um perfil técnico e tendo como único predicado para Estado, ser amigo do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)? Ah, sim! Ele é engenheiro e faz parte o polêmico Instituto Milênio.

2 – O deputado Padre Honório (PT) apresentou projeto que estabelece o período de 6 horas à zero-hora para o funcionamento dos semáforos e barreiras eletrônicas. O objetivo é proteger motoristas e passageiros de automóveis de risco de assalto nos sinais de trânsito das vias urbanas e das rodovias estaduais.

3 – Se tem uma coisa que o ex-presidente da Assembleia Theodorico Ferraço (DEM) deve se arrepender é de ter arquivado aquele pedido de impeachment do governador Paulo Hartung apresentado no ano passado pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Estado.

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