Sexta, 19 Abril 2024

Divagações sobre o mesmo tema  

A cabeça dos políticos cachoeirenses não deixa de pensar nas futuras eleições municipais. Assim também como a do governador que, por óbvio, pretende sua reeleição e trabalha para isso.  Os graves acontecimentos que as chuvas e enchentes provocaram, apesar da solidariedade da população, não arrefecem (por vezes agudiza) o pensamento político-eleitoral.  A organização do raciocínio em torno da reeleição do prefeito Victor Coelho (PSB), em Cachoeiro, por exemplo, proporciona um trabalho surdo nos bastidores da oposição. Exatamente porque, segundo os próprios analistas, para ser objetivo, estão à procura de um candidato para enfrentá-lo em condições de igualdade.  


Isso não tem sido fácil. Mas estimula as especulações. Um ingrediente forte é a ausência do deputado Teodorico Ferraço (DEM) na disputa. Trocou uma candidatura sua e/ou apoio a qualquer candidato de oposição para viabilizar a candidatura da deputada Norma Ayub, sua mulher, a um mandato de prefeita de Marataízes.  A disputa é renhida entre ela e o atual prefeito Tininho (PRP). A situação, hoje, não permite um diagnóstico sobre o protagonismo de um ou de outro.   Mas o governador Renato agiu rápido nesse quesito. Ele raciocinou que Ferraço seria o único candidato em condições de enfrentar a reeleição do prefeito de seu partido. E fez a composição.


O prefeito Victor Coelho, ao que tudo indica, chega bem perto de um favoritismo. Ganhou musculatura nos últimos meses com obras e divulgação maciça das mesmas. Mas, ao mesmo tempo, olha com cuidado essa situação. Exatamente porque os candidatos oposicionistas, por óbvio, estão evitando se dividir, o que é a tática mais bizantinamente compreensível no momento. O lançamento de vários candidatos é vitória certa e antecipada do atual prefeito.


 A vereadora Renata Fiório (PSD) declara que é candidata de qualquer maneira. Faz oposição ao prefeito na Câmara. Por sua vez, o vereador Alexandre Bastos (PSB) quer deixar o partido depois de tantos anos de filiação.  O governador Renato e Alexandre são amigos de velhos carnavais. Mas um rompimento do vereador com o prefeito não foi contido pelo governador.  Alexandre escolhe o partido para se lançar e também busca um aliado forte que aspire ao governo do Estado.  Renata e ele dialogam nesse sentido.


O PT, por sua vez, quer lançar o ex-prefeito Carlos Casteglione. Não fará parte, pelo visto, dessa frente que se pretende formar contra Victor. A imprevisibilidade do deputado Ferraço, no entanto, manda ponderar que a história é esta enquanto durar seu bom relacionamento com o governador. Por enquanto, tirou o carro da estrada e trabalha com sua mulher em Marataízes. Evita polêmicas em Cachoeiro, apesar dos protestos de alguns correligionários que queriam fortemente sua candidatura.


Esse quadro, pintado com um pouco de especulação e boa dose de realidade, não invalida o aparecimento de uma surpresa que pode estar sendo tramada por políticos que estão de olho na sucessão estadual.  O mais difícil é encontrar um candidato com massa muscular eleitoral para enfrentar o prefeito na sua volúpia de reeleição.


Tudo acontece, sem interregno, no andamento das chuvas, tragédias e a declaração do Ministro Paulo Guedes de que a pobreza é a grande responsável pelo desequilíbrio ecológico. 

 

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