Dividir para conquistar
A manifestação do presidente regional do PMDB, deputado federal Lelo Coimbra, de apoio à possível candidatura do PT ao governo do Estado, que poderia ser capitaneada pelo ex-prefeito de Vitória João Coser, faz sentido dentro da estratégia do partido de enfraquecer a candidatura do governador Renato Casagrande à reeleição.
Para os meios políticos, a fala de Coser afirmando que pode disputar o governo caso seja convocado pela nacional do partido para a eleição, foi um movimento voltado para acalmar o ambiente interno do partido, diminuindo os conflitos para a disputa pela presidência da sigla no Estado, que acontece no próximo dia 10 de novembro.
Mas para todos os efeitos é mais um nome colocado na disputa e mais um enfraquecimento na tentativa de tentar manter a unanimidade para a disputa do próximo ano. O senador Ricardo Ferraço (PMDB) também vem se colocando como possível candidato ao governo para 2014.
Dessa forma fica totalmente inviável a manutenção da trinca partidária PSB, PT e PMDB, núcleo da base governista que englobou 16 partidos em torno do projeto de Casagrande em 2010. O governador é candidato à reeleição de qualquer jeito. No PT, apesar da manifestação de Coser, as chances de êxito na disputa são pequenas e boa parte do partido defende a permanência no grupo de Casagrande, onde o PT tem bastante espaço político.
No PMDB, a candidatura própria também está longe de ser unanimidade. A bancada do partido, por exemplo, considera mais fácil permanecer no palanque socialista e buscar uma acomodação mais leve para a disputa proporcional.
No PT, a eleição interna deve ampliar a discussão sobre o assunto, já no PMDB, apesar do esperneio das lideranças, o diretório permanece na mão do ex-governador Paulo Hartung, e a definição deve ser vertical. O objetivo claro parece ser a retomada do Palácio Anchieta e as dificuldades dos deputados estaduais e federais não importam muito.
Fragmentos:
1 – Depois de o presidente da Comissão de Justiça Elcio Alvares reclamar da falta da liderança do governo no Plenário, nessa terça-feira (24), na manhã desta quarta foi a bancada socialista que marcou ausência na sessão ordinária. O líder do governo Sérgio Borges (PMDB) está licenciado para tratamento de saúde.
2 – Os deputados estavam votando os vetos parciais do governador ao Plano de Cargos e Salários da Assembleia e cobraram a presença dos parlamentares do PSB.
3 – O deputado Hercules Silveira (PMDB) pediu aparte para explicar que Glauber Coelho esteve em um hospital de Vila Velha nessa terça, com a filha de um ano e meio, com uma luxação do braço.
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