Segunda, 29 Abril 2024

E viva o pragmatismo

O País tem cerca de 30 partidos políticos, cada um criado sob uma ideologia e tentando representar os anseios de um segmento social. Mas isso a partir de uma ótica platônica, porque as articulações que se vê país afora e, sobretudo, no Espírito Santo é um show de acomodações políticas que visam apenas a manutenção do poder nas mãos de quem tem mandato ou de um grupo que se alia a quem está no poder.



O governador Renato Casagrande é tido como um homem partidário. Muito bem questionou o leitor Maurício Reis de Sousa: seja lá o que isso quer dizer! Casagrande é socialista, secretário-geral do partido, só deixou a presidência do PSB no Estado depois que ascendeu ao governo, fez movimentos durante a campanha eleitoral do ano passado que fortaleceram a sigla e fez barreira de contenção para a entrada indiscriminada de lideranças no ninho da pomba.



Mas na hora do vamos ver, Casagrande parece mais preocupado em costurar sua ampla aliança para um palanque de consenso no Estado do que com o projeto do partido, que mira a presidência da República. Independentemente das chances do presidente do partido, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, lograr êxito na disputa presidencial do próximo ano, Casagrande deveria ser um dos primeiros a declarar apoio a seu correligionário, mas aderiu a uma tática ilusória de neutralidade em uma disputa que promete ser bastante acirrada.



Os movimentos de Casagrande não são partidários, são pragmáticos. Visam a unir os aliados no Estado, em uma lógica inversa que vem sendo endossada pela mídia local. Em vez de as movimentações nos Estado obedecerem o projeto partidário nacional, o que se vê é o contrário, as movimentações locais querendo passar por cima de decisões nacionais.



As lideranças políticas que tanto criticam o projeto comunista de partido único estão adotando essa lógica dentro do regime democrático. Depois de juntar todo mundo no mesmo balaio, o movimento deverá ser o de unificar o pensamento também? Então, para quê os partidos? Para quê a eleição majoritária? Se tudo é decidido em gabinete e os espaços divididos previamente, é hora de repensar a lógica partidária e todo o conceito eleitoral. No Espírito Santo, pelo menos, essa dinâmica de eleição não parece mais necessária.



Fragmentos:



1 – Por maioria dos votos, os vereadores de Nova Venécia revogaram a Lei Nº 3.041, de 06 de julho de 2010, que limitava em quatro o número de atletas oriundos de outros municípios na disputa do Campeonato Municipal de Futebol. Agora os “estrangeiros” estão liberados.



2 – E por falar em estrangeiros, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM) é quem receberá a Comenda Vasco Fernandes Coutinho, a mais alta honraria que a Câmara Municipal canela-verde outorgará a uma autoridade.



3 – O nome do prefeito, que é natural de Brasília e chegou ao Estado pelas mãos do então governador Paulo Hartung, foi indicado pela Mesa Diretora e aprovado por unanimidade. A comenda será entregue na sessão solene em homenagem ao dia 23 de Maio, data que marca o início da Colonização.

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