As perdas recentes do governador Renato Casagrande, com o enquadramento do secretário- geral da nacional do seu partido, Carlos Siqueira, e com o traiçoeiro golpe do ex-presidente do Bandes, Guerino Balestrassi, não são, no entanto, o suficiente para tirá-lo do páreo.
Está longe de ser um nocaute. Pois ele conta ainda com dois fortes suportes: o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS) e o seu companheiro de partido, o prefeito da Serra, Audifax Barcelos.
Estão lado a lado dele desde agora. E são dois prefeitos bem avaliados à frente de dois substanciais eleitorados. Sem contar o prestígio e a boa visibilidade de que desfrutam. Não é um mero engajamento. Sentem-se responsável pela reeleição do Casagrande.
Vai restar para o governador costurar outros apoios, engrossando a coligação. Agora tem a parte grande que lhes cabe. Qual seja descartar da sua equipe os que fizeram opção por outros candidatos. A receita não é de nenhum dos dois prefeitos. É que ela solta aos olhos de qualquer um.
Pois está na hora de Casagrande fugir dessa condição de ser presa fácil. Foi como diz um seu companheiro de partido, de certa graduação, que nos confidenciou isso. Dizendo que ele não pode mais conviver dentro do governo, com auxiliares comprometidos com forças política que já se definiram por outro candidato ao governo.
Não precisa ser um bom entendedor para identificar que se trata do pessoal do ex-governador Paulo Hartung. Que, se ele não for candidato, o candidato do PMDB será mesmo o senador Ricardo Ferraço.
Ou Casagrande se convence que eleição é igual a corrida de carros, onde qualquer erro é fatal e é preciso se livrar dos retardatários com rapidez. Não se livrando, a coisa vai se complicar para a sua candidatura. Não haverá prefeito, por melhor avaliado quer for, que irá salvá-lo.
Eleição exige um arsenal de medidas e uma couraça de elefante para aguentar o tranco na campanha. Mas não pode ficar à mercê para ser abatido com instrumentos de combate que é do seu próprio arsenal.
Te cuida, Casão!