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Férias, finalmente!

Marcada com meses de antecedência, passagens reservadas e finalmente pagas, chega o dia da tão esperada viagem para desfrutar de merecidas e sempre curtas férias. Brasil aqui vou eu! Além da alegria de rever a boa terra natal,  familiares e amigos, viajar tem em si um atrativo que move montanhas. Faz bem pro corpo, a mente e a alma, embora nunca para o bolso. Em sendo o nosso um país de primeiríssimo mundo, tudo aí é caro.
 
Mas viajar faz bem para o espírito, apesar do estresse que acarreta, não importa de que forma nos locomovemos – de trem, de ônibus, de carro, de avião, ou mesmo em lombo de burro. Pensa que não existem mais? Pois sim! No mundo todo, o meio de transporte mais usado ainda é o carro, com 16.000 passageiros por Km, segundo o ônibus, com 7.000; terceiro o avião, com 2.800;  depois o trem, com 1.900. O Google não informa quantos viajam a pé, mas que existem, existem.
 
Superado o estresse número um, qual seja, a escolha da companhia aérea e do banco a ser assaltado para conseguir pagar o preço exorbitante das passagens, passamos ao estresse número dois, qual seja, atender a todas as encomendas de familiares e amigos. Pensa que é simples? Parece que as necessidades ocorrem em câmera lenta, ou nas fases lunares, porque todos os dias chegam novas encomendas – Ainda dá pra trazer um iPhone? Esqueci de pedir o protetor solar…
 
De quem é a culpa das longas listas de compras, mesmo de última hora? Do sistema. Deve-se  trazer tudo que  for possível dos States porque é um país onde a baixa renda dos moradores puxa os preços para baixo. Tem sempre um Walmart de um lado, uma Ross do outro, uma Target no meio, e uma farmácia em cada esquina. Além desses campeões de vendas, existe  um mundo a ser explorado, com promoções e descontos incríveis, e grandes remarcações nos grandes feriados, quando todo mundo vai às compras.
 
Promoção boa no Brasil é de 10%; aqui é de 85%! E como quem viaja sempre bebe alguma coisa, no aeroporto  ou na estação provavelmente vai pedir uma Coca-Cola, que, tal como o McDonald’s, é usada como moeda padrão. Preços em dólares da garrafinha de meio litro: Nova York, 2,00; Washington, 1.43; São Paulo, 1.58; Belo Horizonte, 0.83; Índia, 0.57; China, 0,47. A garrafinha mais cara é a de Lausane, na Suíça, 5,39! É  de ouro? A mais barata é em Harjumaa, na Estônia: 0,10! Mais água do que xarope?
 
O telefone toca, insistente, e a voz suplicante há 6.700 quilômetros de distância pergunta se ainda dá tempo de comprar… Faltam exatamente oito horas para meu embarque, e ainda tenho uma lista de coisas a fazer antes de lacrar as malas, mas como dizer não a um neto? Portanto, encerro a coluna e vou correndo ao Walmart. Com sorte não perco o voo, mas isso depende mais do trânsito do que de mim. Adeus Miami; Brasil, aqui vou eu!

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