Terça, 23 Abril 2024

Ferraço outra vez

O presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), está com a faca e o queijo na mão para garantir seu novo mandato à frente da Casa. Depois de conseguir a presidência no mandato tampão batendo na mesa, o deputado criou todas as condições para emplacar a reeleição, com movimentos internos e para fora do Legislativo.



Começou chutando o balde com o governador Renato Casagrande, o que assustou o mercado político, que não esperava uma reação tão dura do presidente da Assembleia. Depois desceu do Palácio Anchieta mansinho para preparar o terreno para a tramitação da PEC, que já fora combinada com o governo.



Ferraço tem um temperamento difícil e que os aliados e adversários já conhecem. Aliás, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) foi uma das poucas lideranças, para não dizer a única, que enfrentou Ferraço e saiu ileso. Quando governador sequer atendia os telefonemas de Ferraço e na eleição em Cachoeiro ingeriu para que o petista Carlos Casteglione (PT) vencesse a disputa, mesmo contra o favoritismo do demista.



Mas Casagrande conheceu o método Ferraço de fazer política, método esse que o manteve vivo politicamente até hoje. Outro governador que sentiu o efeito devastador do estilo Ferraço foi o antecessor de Hartung, José Ignácio Ferreira.



E para melhorar, Ferraço ainda dá sorte. Isso porque, se ele teria algum tipo de obstáculo na disputa, ela se chama Sérgio Borges (PMDB). Mas com os últimos acontecimentos no Tribunal de Justiça, o líder do governo saiu desgastado do processo e deixa de ser uma alternativa para o governador na disputa.



Agora, depois de dobrar Casagrande e ganhar força com os servidores e deputados estaduais, ninguém vai conseguir segurar Ferraço, que provavelmente será reeleito para a presidência da Assembleia. O que ele vai fazer com isso é que são elas.



Fragmentos



1 – Vai ser difícil convencer o eleitorado de Colatina que toda essa bomba no colo do deputado estadual Josias Da Vitória (PDT) é apenas boato. O discurso de perseguição política não pega quando se tem uma investigação em curso.



2 – Até o momento, o esperado embate entre PT e PSDB na disputa de Vitória não aconteceu. Para alguns observadores, os partidos estão preocupados com a máxima de que quem tem teto de vidro não deve atirar pedras.



3 – A radicalização entre PSDB e PT cairia como uma luva para a campanha do deputado estadual Luciano Rezende (PPS), que quer ser a terceira via e deve estar com o discurso pronto contra a polarização.

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