Fim de linha

Depois das declarações do presidente nacional do PR, Alfredo Nascimento, só resta aos insatisfeitos do partido no Estado encerrar, na marra, a cansativa novela que tomou conta da imprensa e do mercado político nos últimos dias. Não tem mais para onde correr. A pressão, que já não havia causado efeito algum no senador Magno Malta, nem bem chegou ao presidente da Executiva Nacional e o resultado foi até pior. Nascimento acabou credenciando a candidatura do senador ao governo do Estado, exatamente a razão do início de todo chororô; não poupou elogios a Magno, e ainda deixou bem claro que é ele quem decide os rumos do PR capixaba. Ao mesmo tempo, colocou os insatisfeitos em outro patamar: não os conhece e não vai tratar nada com Vandinho Leite, Glauber Coelho, Waguinho Ito e Ledir Porto. Péssima hora em que o líder do grupo, Vandinho Leite, resolveu envolver a Nacional na história, hein. O tiro saiu pela culatra. 

 

Fim de linha II

A tentativa dos republicanos de evitar a candidatura de Magno, em favor da tal unanimidade, previa uma possibilidade de composição. O governador Renato Casagrande seria candidato à reeleição e outro candidato da “casa” poderia ser lançado, como o senador Ricardo Ferraço (PMDB), para amarrar a candidatura do ex-governador Paulo Hartung ao Senado e ainda criar um palanque para a presidente Dilma. O que também facilitaria a vida de Casagrande, com o palanque a Eduardo Campos. 

 

Não existe

Tocando nesse assunto, essa de Casagrande ficar neutro em relação à disputa presidenciável, é até interessante. Antes de tomar posse, o governador disse que não apoiaria ninguém no segundo turno da disputa à Presidência da República. Mas essa neutralidade o PT já conhece muito bem, a máquina foi utilizada em favor do palanque de oposição, do tucano José Serra, e Dilma perdeu no Estado. Aliás, digamos que Casagrande de fato ficasse neutro, e o PSB?

 

Bola fora

O governador nomear a ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub Alves (DEM) para cargo de assessora técnica na Secretaria da Casa Civil, logo após o escândalo da Derrama, e ainda na condição de investigada, é no mínimo questionável. 

 

Bola fora II

Tem outro detalhe, Norma é mulher do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), que botou muita “banca” durante o desenrolar do escândalo, atuando como protagonista da manobra que garantiu sua blindagem e a dos ex-prefeitos envolvidos.

 

Reação

Diante da possibilidade de Casagrande indicar seu secretário da Casa Civil, Luiz Ciciliotti, para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, os deputados estaduais já começam a mexer os pauzinhos para aparecer com um nome de consenso. Ideia é sentar para conversar com o assunto já resolvido, como quem diz: a Assembleia tem candidato.

 

Banalizou

Por falar em Assembleia, a Rádio Corredor informa que na sessão solene em homenagem ao Movimento de Educação Promocional (Mepes), nessa quarta-feira (8), a metade dos 25 indicados a receber plaquinhas e gracejos não compareceu e mandou representantes. Em certo momento, porém, foi necessário chamar o representante do representante. Oi?

 

Pra plateia

A propósito, a outra vitrine explorada pelos deputados para ganhar visibilidade, também não para. A Casa criou outra frente parlamentar, desta vez adivinhe em defesa de quê? Do Estado Presente. Ou seria Ausente?

 

Censura

Assim como Século Diário, mudando um personagem ou outro, a revista Consultor Jurídico está proibida de citar o nome de um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo há mais de dois anos. E foi condenada a pagar indenização, que já está entre R$ 20 e 35 mil. Mais um golpe à democracia. Até quando?

 

140 toques

“Ficou explícito quem tem prestígio no PR nacional. Magno tem apoio e simpatia até da presidenta Dilma. O PT ES, quando acordar, já era”. (Ex-vereador de Vila Velha João Batista Babá – PT – no Twitter).

 

PENSAMENTO:

"Muitas vezes não há diferença entre as dádivas dos amigos e as tramas dos inimigos". Sêneca