Sexta, 29 Março 2024

Fla x Flu serrano

O debate dos candidatos a prefeito do município da Serra, nesta sexta-feira (14), chamou a atenção para uma ausência. A troca de farpas e acusações, da qual o prefeito Sérgio Vidigal (PDT) foi o principal alvo, até porque está à frente da máquina, mostra que falta conhecimento do eleitor sobre seus candidatos. 

 
Audifax Barcelos (PSB) alfinetou sobre as dívidas no município, que foram rebatidas pelo prefeito. O próprio Audifax foi questionado sobre o racha com Vidigal e se concentrou sobre o direito negado à reeleição. A pergunta foi feita pelo candidato Professor Renato (Psol) e, a partir daí, o clima entre o prefeito e o deputado federal ficou tenso. 
 
O debate foi quente e muitas questões foram levantadas. E, provavelmente, colocaram mais dúvidas do que esclarecimento na cabeça do eleitor indeciso. Até porque quem já decidiu não vai mudar de opinião. Mas se as dúvidas foram levantadas, precisam ser esclarecidas. 
 
Falta pouco tempo para a eleição e a disputa que parecia ser a mais insossa da Grande Vitória chama atenção porque está nas ruas. Não há programa eleitoral na TV, o que é uma pena, afinal pelo aperitivo dado no debate, a ideia é de que esses seriam os programas mais interessantes desta eleição. 
 
Vidigal dizia-se surpreso com as denúncias, aliás, dizia isso para tudo e tentava colar no adversário a pecha de traidor raivoso. Já Audifax tentou vender a imagem de injustiçado, traído. Infelizmente, o debate se radicalizou entre os dois candidatos, Professor Renato ficou um pouco aparte da peleja, embora tenha feito uma boa participação. 
 
O fato é que apesar de quente, o debate não descambou para a baixaria. As farpas ficaram restritas à discussão política e administrativa, com uma dose cavalar de mágoa. Na opinião da coluna, o jogo ficou empatado e contribuiu para a discussão do município. 
 
Precisa de mais, aliás, precisaria acontecer nos 78 municípios do Estado. As dúvidas, os questionamentos e as promessas devem ser discutidas de forma ampla e a fórmula do debate televisivo não resolve todas as dúvidas do eleitor, mas ajuda. Ajuda mais do que placa e musiquinha. 
 
Fragmentos:
 
1 – Com a candidatura do prefeito de Conceição da Barra (norte do Estado), Jorge Donati (PSDB), barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a situação do ex-prefeito Manoel Fonseca, o Pé de Boi (PSB), ficou aparentemente bem confortável.
 
2 – Mas uma manobra que geralmente é usada nesses casos, certamente vai manter o grupo do prefeito no páreo. Trata-se da já conhecida inseminação das urnas. Como o nome não pode mais ser mudado, um outro ator político é colocado no lugar do candidato cassado, mas a foto e nome continuam sendo o do anterior. 
 
3 – Com isso, a população acaba levando gato por lebre. Vai votar em Donati, mas o prefeito será outro, que efetivamente não receberá nenhum voto. 

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