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Foi pior

Nessa quinta-feira (26), o governador Renato Casagrande, em entrevista ao jornal A Gazeta, deu uma declaração que pode não ter agradado muito à população, defendendo que o contrato não seja quebrado, com base em uma auditoria feita no governo passado. 
 
Se naquela ocasião, o governador foi mal no posicionamento, desta vez, em nova entrevista ao jornal A Gazeta, ele ainda foi pior. Em meio a críticas nas redes sociais, por conta do aparato policial colocado em frente à praça do pedágio da ponte para “defender” o patrimônio da concessionária Rodosol, o governador disse que a ponte é um “bem” e deve ser defendida. 
 
Se o governo diz que há pessoas infiltradas no movimento para roubar e fazer vandalismo, não deveria a polícia estar no meio da manifestação para proteger os manifestantes? O bem maior do Estado é sua população e ela tem o direito de protestar contra aquilo que considera errado. 
 
A Terceira Ponte virou o símbolo do protesto dos manifestantes capixabas. O governo diz que quer ouvir os manifestantes, mas, de antemão, afirma que não vai mexer no contrato com a concessionária e se coloca em uma posição de defesa do patrimônio privado. Isso dificulta o canal de diálogo com a população. 
 
Essa postura do governador não impedirá as manifestações e pode piorar o clima de tensão nos protestos. O posicionamento do comando da Polícia Militar, orientando as pessoas a ficarem em casa, beira o absurdo. Parece que a classe política e as autoridades capixabas ainda não entenderam a gravidade do que está acontecendo nas ruas. 
 
Insistem em dizer que há um “pequeno grupo” de vândalos infiltrados no movimento e não reconhecem essa parcela radical do movimento, como também integrante dele. Ou o governo se coloca na posição de negociador ou essa parcela vai se fazer ouvir por outros meios, como tem feito. 
 
Casagrande diz que está disposto a ouvir o movimento, mas por duas vezes os manifestantes foram à porta da residência oficial do governador, em Vila Velha, e foram reprimidos com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Então fica o questionamento: quando e onde haverá esse encontro? 
 
Fragmentos:
 
1 – Além de manifestação de professores, a situação da educação de Vila Velha começa a apresentar problemas sérios, inclusive estruturais. A Secretaria foi despejada do prédio em que funcionava na Prainha. 
 
2 – Boa colocação do senador Ricardo Ferraço (PMDB) em favor do voto facultativo. Já está mesmo na hora de avançar nessa discussão. Quem quer mesmo mudar o país vai às urnas. Só não pode é ter “incentivos” para ir votar. E a fiscalização tem de ficar atenta.

 

3 – A indústria de boataria, que é tão forte nos meios políticos, também está funcionando dentro do movimento popular que está nas ruas. Há informações circulando sobre gente sendo paga para “vandalizar”. 

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