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Grana pelo ralo

Se um trabalhador paga 35 anos de contribuição previdenciária, ele vai desembolsar, considerando os reajustes de poupança de 0,68%, R$ 422,784,02. Considerando que a expectativa de vida após a aposentadoria é de cerca de 15 anos, em média, no Brasil, ele vai receber R$ 158,400,00 nesse período, deixando R$ 264.384,00.

E aí vem a pergunta: para onde está indo esse dinheiro? Se o governo diz que tem rombo na Previdência, é porque esse dinheiro está indo para algum ralo.

Essa conta foi feita a grosso modo e rodou nas redes sociais. Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem ao seu dispor um instituto para fazer esse cálculo de forma mais apurada, que é o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Mas a Central prefere não mexer com isso. Está deixando as coisas acontecerem sem uma contestação qualificada, com base em dados estatísticos.

Se houvesse essa base de cálculo mais concreta, seria mais fácil mobilizar a classe trabalhadora a ir para a rua, lutar contra esse absurdo. A indignação do trabalhador com as medidas do governo já existe o que falta é a qualificação do argumento para que o trabalhador possa decidir sair às ruas.

O governo diz que há um rombo na previdência, mas quer penalizar o trabalhador para cobrir esse buraco, enquanto abastece seu jatinho com guloseimas cartas para o café durante a viagem. Isso sem falar no rio de dinheiro que o governo vem injetando nas telecomunicações ao mesmo tempo em que perdoa suas dívidas bilionárias com o País.

Por causa dessa inércia, de responsabilidade da CUT e das demais centrais, que não contrapunham as movimentações da direita, é que o trabalhador acabou servindo de massa de manobra para o apoio ao golpe. Agora, com a falta de ação das centrais em relação às garantias trabalhistas, o trabalhador não sabe bem o que fazer para reagir, porque seu instituto de representatividade não se coloca à frente do movimento para tentar barrar esses sucessivos golpes que estão sendo montados contra a população brasileira.

Não se faz mais militante como antigamente!

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