Segunda, 29 Abril 2024

Gregos e troianos

Desde a antiguidade clássica o homem entendeu e difundiu a impossibilidade de agradar a todos. No Congresso Nacional, a deputada federal Rose de Freitas (PMDB), vice-presidente da Câmara, está experimentando esse grande problema da democracia.



Na semana passada, Rose agradou os estados não produtores, esta semana os desagradou. Discussões que muitas vezes fugiram do tom aceitável para uma Casa de Leis. Além da discussão sobre quem tem direito aos royalties, a movimentação no Congresso evidencia um jogo político.



Ou Rose agrada os não produtores e se cacifa para a disputa à presidência da Câmara, ou agrada o Espírito Santo e a classe política capixaba, viabilizando sua disputa ao Senado em 2014. Há ainda os que torcem contra tudo, como o grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), que não quer ver Rose nem à frente da Câmara e nem no Senado.



Na posição em que a deputada está colocada nessa discussão, comandando as tensas sessões do Congresso, a visibilidade é grande tanto no Espírito Santo, quanto nacionalmente. E como a situação dos royalties não é nada discreta, seja para o bem, seja para o mal, Rose é quem acaba saindo na frente da foto.



Como a discussão vai ficar para 2013, a deputada tem um tempinho para avaliar o momento e ver o que sobra dele. Politicamente, está em um caminho que se bifurca. Para os meios políticos, tentar capitalizar com o episódio, credenciando-se para a disputa da presidência da Câmara, pode ser o mais acertado.



Se ela vencer, à frente da Casa tem condições de influir no jogo político, cimentando sua candidatura ao Senado. Mas se seu desempenho na sessão desta quinta (19) prejudicou sua movimentação, que vinha crescendo, é melhor aderir de vez ao bloco RJ/ES e tentar vencer as barreiras de seus adversários na construção de sua candidatura ao Senado no Estado. Esse caminho parece ser mais difícil do que o primeiro.



Fragmentos:



1 – O senador Ricardo Ferraço (PMDB) entrou na discussão dos royalties aos 44 do segundo tempo e já aparece como uma grande voz em defesa do Estado. Fala sério.



2 – Pífia. Essa é a palavra que define o desempenho da bancada capixaba nessa questão. Dá a impressão de que o problema foi jogado no colo de Rose de Freitas e os demais deputados só aparecem para criticá-la ou elogiá-la.



3 – Aliás, quem merece destaque nessa movimentação toda é o eterno cara-pintada Lindbergh Farias (PT-RJ). Se é para ganhar no grito, ele é o que está gritando mais pelos estados produtores.

Veja mais notícias sobre Colunas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Segunda, 29 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/