Sexta, 03 Mai 2024

Jogo chato

As críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) à presidente Dilma Rousseff (PT) esta semana dão o tom do que deve ser a chata disputa presidencial entre PT e PSDB no próximo ano. FHC disse que Dilma é “ingrata” e que o PT “cuspiu no prato que comeu”. Quer o tucano que a petista reconheça a contribuição de seu partido para desenvolvimento do País.



Já o ex-presidente Lula saiu em defesa de sua sucessora dizendo que Fernando Henrique deveria ajudar a presidente e não criticar, que deveria ficar calado. Bom, dá para sentir pelo episódio dessa semana qual vai ser o tom da disputa presidencial entre PT e PSDB.



Se essa dicotomia que domina as eleições desde 1994 se repetir na eleição do próximo ano, pode chegar ao ponto máximo desse desgaste de discurso. A comparação entre os dois governos vai tornar a eleição chata.  E é para isso que os candidatos alternativos estão torcendo.



Aécio Neves é a aposta tucana para o novo confronto. Mas ele tenta adiar ao máximo a exposição de seu palanque. Tem medo de se queimar. As últimas três tentativas tucanas foram frustradas e ele parece entender que seu melhor momento pode ser 2018, quando Dilma, talvez, não tenha um sucessor preparado.



Dilma vai tentar manter sua candidatura apoiada no carisma de Lula, mas se continuar tendo problemas com o crescimento do País pode se complicar. Correndo por fora tem Marina Silva, que para ser candidata a presidente precisa conseguir registrar seu partido até outubro. Resta saber se ela vai conseguir afinar o discurso da Rede Sustentável e aumentar o capital de 20 milhões obtidos na eleição passada. Eduardo Campos (PSB) é uma incógnita e nem o correligionário Ciro Gomes sabe qual é a proposta dele para a eleição.



Em meio a todas essas movimentações, o palanque de Renato Casagrande, que pretende abarcar gregos e troianos em 2014, tem muitos discursos aí colocados para seguir um só. A eleição morna em nível nacional e essa ideia de unanimidade no Estado podem transformar a eleição no Estado em uma disputa ainda mais chata. Mas isso, se Magno Malta não decidir colocar fogo na lenha.

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