Segunda, 06 Mai 2024

Lesão eleitoral

Nada pior para as pretensões de reeleição do governador Renato Casagrande do que a vinda ao Estado do secretário-geral do seu partido, Carlos Siqueira. Atrapalhou Casagrande em tudo. Porque ele entrou até no jogo dos candidatos a deputados estaduais interessados no afastamento do presidente do partido, Macaciel Breda.
 
Que além de ser concorrente, Macaciel é ainda acusado de facilitar o governador na busca de coligações prejudiciais. Os candidatos a deputado estadual querem coligação apenas com pequenos partidos. Pegar legenda em lugar de coligar com os grandes, cedendo legenda.   
 
Não sendo coligação com os pequenos partidos, a preferência recairia disputar com a própria legenda. Fariam tranquilamente cinco deputados estaduais. Para quem tem apenas um (Freitas). Não deixa de ser um bom resultado. Além de permitir acesso isolado aos prefeitos do partido. E hoje o PSB tem 26 prefeitos. Uma base eleitoral e tanto.
 
Agora quem vai pagar essa conta dos candidatos a deputado estadual, não vai ser outro que não seja o governador Casagrande. Pois quando se negocia para o governo junta-se as demais disputas proporcionais. E a de estadual tem um peso enorme no resultado final.
 
A saída de Macaciel da presidência é o preço. A entrada do deputado federal Paulo Foletto coroa esse desejo dos estaduais em evitar uma coligação que seja ruim para eles. 
 
Embora o caso do Foletto seja igual ao do Macaciel. Ele também é candidato. Só que a federal. Mas ele está sendo guindado ao cargo na qualidade de socialista puro-sangue no interesse dos demais puro-sangue que estão na condição de pré-candidatos à Assembleia Legislativa. E Foletto andou até botando o pé na porta para que o secretário de Esportes, Vandinho Leite, não entrasse no partido para concorrer a um mandato de deputado federal.
 
Mas estrago mesmo foi feito em cima da candidatura do governador Casagrande quando o secretário-geral do PSB nacional despachou o PT. Pegou pesado. Desancou o PT e a Dilma, de tal forma, que vai ser difícil juntar os cacos para eleição de governador no Estado.
 
E o mais grave: deu uma demonstração que à reeleição do Casagrande tem que ser entendida como suporte à candidatura à Presidência da República, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
 
Segura mais essa, Casão! A eleição nem bem chegou e já estão pousando como vitoriosos.

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