Terça, 14 Mai 2024

Muito prazer, meu nome é Phil!

 

Toda evolução exige mudanças! Agora estamos aqui, no Século Diário, prometendo continuar a luta pelo reconhecimento dos direitos civis dos LGBTs, contra o preconceito e a intolerância e denunciando a hipocrisia fundamentalista cristã, que se disfarça e, em nome de falsos conceitos religiosos, promove uma política do ódio, que estigmatiza e corrompe a democracia, impondo a opressão de uma poderosa maioria sobre a fragilidade de minorias.
 
Numa época controversa de perdas e conquistas, e apostando sempre no processo evolutivo cultural das novas gerações, reivindicamos o direito de sermos quem somos, de amar quem amamos e de nos diferenciarmos na diversidade sexual humana que não se simplifica na dicotomia de homem e mulher.
 
Quando era criança me olhava no espelho e me via mais que apenas um menino, mas fruto de uma coação sexista familiar, por sua vez produto de uma identidade católica repressora que reinava com sagrado no centro da santa família, me culpava de pensar em outros meninos e temia a violência que provavelmente sofreria, se meus pensamentos fossem descobertos.
 
Foi preciso a idade adulta para romper as mordaças do meu eu, e me livrar do bullying, dos armários e dos pecados. Fantasmas que ainda hoje me assombram e me ameaçam quando venho a público propagar minha ansiedade por uma sociedade mais justa, inclusiva e igual.
 
Se hoje o casamento igualitário é uma realidade brasileira, apesar das ameaças terroristas dos fundamentalistas, ainda temos um longo e difícil caminho pela frente, na tentativa de coibir a violência que nos espreita a cada esquina, precisamos urgentemente aprovar o PL122/06, tentar parar os discursos que promovem o homicídio e a violência em nome de Deus, do Nazismo que se infiltra em congregações religiosas e partidos políticos como o PR e o PSC.
 
Temos de criminalizar as falas devastadoras da homofobia que instiga rebanhos à segregação, baseada em interpretações vazias de versículos da Bíblia. Propondo em nome do sagrado o desrespeito e a intolerância, na profanação do que há de mais puro do ser: a liberdade de escolhas e o livre arbítrio.
 
Estarei aqui todas as sextas, esse é nosso novo espaço, nossa tribuna onde escaparemos do sufoco, do estrangulamento e do oba-oba vazio de um discurso acomodado e conivente. Para gritarmos o mais alto que pudermos: “PARA O ARMÁRIO, NUNCA MAIS”.
 


Luiz Felipe Rocha da Palma (Phil Palma) é publicitário. Nas "horas vagas" (às quartas) comanda o programa “Praia do Phil” pela rádio Universitária FM, onde defende os LGBTs e denuncia a homofobia. Fale com o autor:

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