Segunda, 29 Abril 2024

Mulher forte

Está havendo uma confusão na classe política que precisa ser dissipada sobre a sessão dessa quarta-feira (12) do Congresso Nacional, que definiu a urgência na análise do veto das lei sobre redistribuição dos royalties. Rose de Freitas enfrentou um dos maiores desafios de sua vida política. Quem deveria presidir a sessão era o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas ele estava na interinidade da presidência da República e o abacaxi sobrou para Rose.



E não foi fácil. Algumas palavras impublicáveis foram direcionadas à presidente da sessão, mostrando que o Congresso ainda não está preparado para lidar com a presença feminina em um posto de comando. Rose teve que paralisar a sessão para retirar de trás de seu cangote a multidão de parlamentares que tentavam ganhar no grito a aprovação da urgência ou derrubar a sessão.



É muito fácil para os integrantes da bancada capixaba, que se sentiram insatisfeitos, dizer que Rose deveria ter feito isso ou aquilo, mas falar agora passa a impressão de que estão buscando um culpado, um bode expiatório para uma definição que, sabem, é irreversível.



Criticam o fato de Rose não ter aceitado as Questões de Ordem para tentar barrar a sessão. Os ânimos dos não produtores estavam muito acirrados e isso poderia trazer um risco ainda maior para o Estado. Quanto ao fato de ela tentar fazer campanha eleitoral, essa suspeita não procede. Rose colocou o nome na disputa para dividir votos com Júlio Delgado (PSB-MG), garantindo assim a vitória de Henrique Alves (PMDB-RN).



O que deve ser criticado é a ausência dos deputados e senadores capixabas dos microfones, à exceção de Magno Malta (PR), que foi à tribuna defender os interesses do Estado. No mais, os parlamentares não tiveram o mesmo empenho dos colegas cariocas, que se alternavam na tentativa de obstacular a sessão.



Além disso, devem os senhores parlamentares entender que a posição de Rose, como presidente do Congresso, não permitia que ela tomasse uma atitude que beneficiasse os produtores ou não produtores, isso seria irregularidade. Seguiu o regimento, fez o que pôde. Se o Espírito Santo vai perder os royalties a culpa é dele mesmo, não adianta jogar no colo de ninguém.





Fragmentos:



1 – Os moradores de Bairro de Fátima, no município da Serra, se surpreenderam com a distribuição gratuita de exemplares da edição do jornal A Gazeta dessa quarta-feira (12).



2 – A distribuição no período eleitoral, diz um morador nas redes sociais, é comum, mas fora desse período é novidade. A única explicação encontrada foi a capa: “A sombra da suspeita”, em que o operador do mensalão, Marcus Valério, diz que o ex-presidente Lula teve despesas pagas pelo esquema.



3 – Se a intenção foi a de atingir o ex-presidente e o partido dele, não se sabe. Também não se sabe quem pagou pela distribuição e porque naquele bairro, especificamente.

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