Não serácomo antes
O episódio de ocupação deu luz à Assembleia Legislativa. Depois dela, os deputados da atual legislatura não serão mais os mesmos. Foram 12 dias de um movimento com total visibilidade, como há muito a imprensa capixaba não se ocupava, ensejando até que a rapaziada desse um belo desfecho à desocupação: de resistência caso fosse realmente usada a polícia para tirá-la de lá. Os manifestantes só deixaram a Casa negociando uma saída dentro dos objetivos políticos da ocupação. No plano dos deputados, levaram à divisão deles em dois blocos: um a favor do fim do pedágio e outro contra, algo inimaginável até outro dia, para uma Assembleia amorfa e subjugada aos interesses do governo. Encorajaram deputados a assumirem posição contrária ao governo e selou definitivamente outros como empertigados governistas. E não deixou de fazer os seus vilões, a exemplo de Gildevan Fernandes (PV).
Fora
Interessante que as negociações foram feitas pelo juiz Marcelo Loureiro e pela Mesa Diretora da Assembleia, representada pelos deputados Roberto Carlos (PT) e Solange Lube (PMDB), respectivamente segundo e primeiro secretários. O presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), não deu as caras.
Espetáculo
Entre os poucos deputados que acompanharam as conversas para desocupação do movimento, a deputada Janete Sá (PMN) sentou-se no chão com os ocupantes, numa inoportuna atitude.
Nem tanto
Entre alguns deputados que se mantêm contrários ao fim do pedágio, há certeza de que não serão prejudicados em suas reeleições. A maior parte é de reeleitos que lideram, como governistas, o eleitorado. Acham que não vão pagar nenhuma conta pelo episódio. Será?
Estopim
Já levanta discussões, dentro do PV, a posição dos deputados “verdes” Gildevan Fernandes e Sandro Locutor nesse atual episódio do pedágio da Rodosol. Ou melhor, agrava a situação criada por eles anteriormente, por ocasião da criação da CPI do Pó Preto, quando assumiram posição contrária.
Escanteio
Os dois deputados já andam mal com a direção nacional do PV. A ponto de não serem incluídos no recente programa político na TV, muito embora tenham representação política.
Ditadura
A Revista Capixaba, dirigida pelo jornalista Tinoco dos Anjos, está de novo nas bancas com uma entrevista do ex-delegado Cláudio Guerra, revelando os algozes da esquerda capixaba no período da ditadura militar. A entrevista é assinada pelo repórter Rubinho Gomes.
Cara dura
É de doer o cinismo da poluidora Vale posando em A Gazeta, neste sábado (13), como benfeitora da cultura capixaba, avocando para si a recuperação do convento de São Francisco, na Cidade Alta, em Vitória.
Cara Dura II
O dinheiro empregado no convento é da Lei Rouanet. Dinheiro do governo federal. Esse comportamento da poluidora é comum na Lei Rubem Braga, da Prefeitura de Vitória. Por lá, é ela que mais usa o dinheiro para empregar em projetos culturais.
Cara dura III
Pelo volume, pode-se até dizer, sem medo de incorrer em erro, que é a Vale quem dita a política cultural da Capital. Atenção, prefeito Luciano Rezende (PPS).
PENSAMENTO:
“Todas as coisas são mortais”. Isaac Babel
Veja mais notícias sobre Colunas.
Comentários: