Nota zero para Zenkner
O nosso promotor-estudante Marcelo Zenkner merece ganhar um zero bem redondo pela escorregada que deu ao não protocolar um recurso dentro do prazo e nas condições previstas pela lei. Nosso promotor-estudante - que está em Lisboa há quase um ano, a custa do Ministério Público Estadual, ou melhor, do contribuinte capixaba, para aprimorar seus saberes - não poderia ter cometido um erro tão primário.
O ilustre simplesmente juntou a apelação aos autos da ação, mas não a protocolou. A falha clamorosa impediu que apelação fosse registrada no sistema processual do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).
O grave deslize valeu um puxão de orelha daqueles no promotor. O desembargador William Silva, relator do processo na segunda instância, classificou o ato falho de Zenkner como uma “clara violação aos princípios da isonomia e segurança jurídica”.
Não vem ao caso o teor do recurso, que se referia a uma ação de improbidade administrativa que tinha como alvo o deputado estadual Luciano Rezende, quando o atual deputado estadual do PPS era secretário municipal de Educação em Vitória durante a gestão Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).
O que importa mesmo nessa história é a escorregada primária de um promotor que é apontado por muitos como “brilhante”. O próprio chefe do MPES, Fernando Zardini, foi quem apadrinhou a ida de Zenkner para Europa, alegando que o promotor-prodígio merecia a cortesia por ser uma das mentes mais talentosas da instituição. Zenkner foi o único dos 320 promotores até hoje a ganhar o benefício do Ministério Público.
Vamos torcer para que o aprimoramento em terras lusitanas tenha serventia e evite que o promissor promotor dê novas escorregadas jurídicas.
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