Uma das análises mais difíceis sobre o pleito deste ano se refere à disputa na Assembleia Legislativa. As chapas divididas nos palanques montados para a disputa ficaram bastante equilibradas e vão garantir a competitividade entre os nomes colocados.
A tendência é de que, assim como em eleições anteriores, haja uma grande modificação no plenário, impulsionada pela disputa de lideranças políticas sem mandato, boa parte derrotada nas eleições de 2012 e que se apresenta fortalecida para este ano.
Outro elemento importante é a bancada evangélica, um segmento social que a cada eleição mostra mais a sua força. O grupo tem um comportamento ligado ao poder, já que o atendimento de suas bases passa pelo governo, por isso a tendência é de apoio ao Executivo.
Há na lista de candidatos muitos nomes novos e qualificados, mas que podem ficar sem espaço devido ao jogo de poder, sobretudo em meio à polarização entre Renato Casagrande e Paulo Hartung.
Dizer que o próximo governador terá problemas de relacionamento com a Casa, porém, é exagero. Após as eleições, e eleitos os novos deputados, a tendência é de reagrupamento por vários motivos. Se Hartung vencer, deverá impor novamente sua relação vertical com a Casa, que em muitos momentos também era vantajosa para os deputados fiéis.
Se Casagrande vencer manterá uma relação mais horizontal com os deputados, mas não interessa à maioria servir de obstáculos a quem terá a caneta por mais quatro anos. Logo, a nova Assembleia não deverá ser muito diferente da atual.
Fragmentos:
1 – A expectativa pelo desempenho do ex-governador Paulo Hartung como cabo eleitoral de Aécio Neves. Ele que sempre foi acostumado a não pedir votos nem para sua própria candidatura, vai tentar transferir votos para o presidenciável. A sorte de Aécio é que ele está forte no Espírito Santo.
2 – Mas a situação de Dilma e de Eduardo Campos é mais complicada. A presidente tem um palanque fragilizado no meio de uma disputa polarizada entre Hartung e Casagrande. Já o socialista é um produto difícil de vender para o capixaba.
3 – Quando será que Eduardo Campos vem ao Estado? E se vier será que vai se fazer conhecido do eleitor capixaba?

