Domingo, 28 Abril 2024

O preço da reeleição

Com essa boia lançada para tirar o ex-governador Paulo Hartung do caso do Posto Fiscal de Mimoso do Sul, o governador Renato Casagrande age pela preservação da unanimidade que o contemplou com o mandato de governador e deve reelegê-lo.

O empenho do governador para salvar Hartung está dentro da necessidade de preservar um instrumento político que já deu demonstração da condição em ir mais além da reeleição de Casagrande.  

Mas para que tal aconteça, torna-se necessário compartilhar com PH a operação do sistema.  Foi PH quem o criou e também quem o montou. Aliás, suspeita-se que foi essa condição que fez com que Casagrande deixasse a parte econômica do seu governo em poder do pessoal de PH.

Em favor dessa relação há também a contingência política que se forma na disputa do governo em 2014. O partido de Casagrande criou condições para fazer o seu presidente nacional, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato à presidência da República. Trombará com o candidato do PT, Dilma Rousseff.

Por mais que haja afirmações constantes dentro do PT, que jura fidelidade à candidatura de Casagrande, isso dificilmente se dará. Até porque a candidatura do Eduardo Campos será de confronto, muito embora o PT não conte com candidato para uma disputa ao governo. O que tinha perdeu a oportunidade deixando passar a vez - o ex-prefeito de Vitória, João Coser.

A situação de fragilidade do PT para disputar uma eleição para o governo soma-se ao inferno astral que vive o PSDB no Estado. Também sem nenhuma chance para ir à disputa. Esse quadro que ora exponho passei a ouvir de entendidos da política, como uma contingência favorável ao governador Renato Casagrande segurar a barra política do ex-governador Paulo Hartung.

Não se trata, portanto, em ter o ex-governador como catalisador de votos, mas sim, quem sabe, operar o sistema da unanimidade.  Política, me disseram, o governador Casagrande faz muito bem. Conhece os seus escaninhos e sabe mexer muito bem no tabuleiro. A sua necessidade é de operar um sistema idealizado e testado capaz de elegê-lo antes de o voto cair na urna. 

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