Segunda, 13 Mai 2024

O X da questão

Entre as muitas questões sobre o indefinido processo eleitoral de 2014, o posicionamento do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) no cenário é um dos pontos mais intrigantes para a classe política do Estado. As movimentações de Hartung nos bastidores são imprecisas e colocam em risco o processo que vem sendo construído pelo governador Renato Casagrande (PSB).



O que está colocado são as preocupações com as questões judiciais, que podem até não dar em nada, mas que trincam a antes imaculada vitrine política do ex-governador. Além disso, sem mandato desde 2010, Hartung vem em queda de prestígio eleitoral e por isso precisaria apresentar-se para a disputa. Mas em que posição?



A princípio, há uma vaga destinada ao ex-governador no palanque de Renato Casagrande: o Senado. Mas as articulações, envolvendo a cúpula do PMDB, jogam os holofotes para a disputa ao governo do Estado. O PMDB aparece com sua movimentação no Estado, discutindo as eleições de 2014.



Paralelamente, o ex-governador aparece na imprensa falando do potencial do senador Ricardo Ferraço (PMDB) para a disputa ao governo. Ao dizer que em 2010, ele era a bola da vez, ele pressiona o palanque de unanimidade de Casagrande. A intenção, para os meios políticos, não seria a de efetivamente lançar uma candidatura peemedebista a mais de um ano do início do processo eleitoral. Até porque este não é o estilo de Hartung.



Ao ao credenciar Ricardo Ferraço à disputa, Hartung o coloca na mesa de negociação para negociar em favor do grupo. Essa movimentação tira o controle das articulações das mãos de Casagrande.



É um processo que vai do desgaste do governo Casagrande, por meio de parte da imprensa, no sentido de mostrar que o sucessor do ex-governador não fez um trabalho melhor do que o dele. Além disso, coloca como trunfo um possível candidato, que não tem nada a perder ao disputar o governo. Ferraço tem mandato até 2018, tem a simpatia da classe política e o DNA hartunguete.



A movimentação de Hartung deixa dúvida sobre seu posicionamento eleitoral em 2014, mexe com o mercado político e aumenta a pressão sobre a já complicada unanimidade de Casagrande.



Fragmentos:



1 – O adiamento da votação do reajuste dos servidores públicos foi tratado como um sinal de revolta da Assembleia Legislativa em relação ao governo do Estado. Mas esse discurso só convenceu que não acompanhou esse processo nos anos anteriores.



2 – É praxe votar os reajustes dos servidores de todos os poderes junto e com acordo prévio, sempre acompanhando o percentual oferecido pelo Executivo. Não seria diferente este ano.



3 – Se quisesse, o PSDB teria um trunfo contra o discurso conservador sobre a criminalização da juventude. Rita Camata tem capital político para construir um discurso forte em defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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