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Ofensiva

As pesquisas divulgadas esta semana mostram que a estratégia da presidente Dilma Rousseff (PT) e do candidato tucano Aécio Neves contra o fenômeno Marina Silva (PSB) deram certo. Ainda que timidamente, o estirão inicial da candidata que substitui Eduardo Campos bateu no teto e Marina começa a ver seu desempenho retrair.
 
O PT vem tentando desconstruir a imagem da candidata questionando seu projeto para a economia. Já o PSDB quer mostrar que Marina não é a alternativa ao projeto petista e que o tucano é o “caminho mais seguro” para a mudança. 
 
No Espírito Santo, desde a semana passada, o governador Renato Casagrande adotou uma postura eleitoral diferente da que vinha trazendo até então. Acreditando que seu principal adversário, o ex-governador Paulo Hartung, também tenha atingido o teto eleitoral, partiu para o ataque. As próximas pesquisas vão mostrar se essa fórmula funcionou ou não. 
 
São cenários bem diferentes. Marina é um elemento novo, tem inconsistências partidárias que facilitam o ataque de seus adversários. Paulo Hartung é antes de tudo um estrategista. Com a fórmula de martelar a mesma tecla, quer colar no governador o rótulo de “desesperado”, evitando assim ter de responder aos questionamentos que são apresentados sobre seu governo.
 
Exemplo disso foi a nota divulgada no direito de resposta concedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Quem esperava dados ou imagens que contradissessem a afirmativa de que em seu governo os alunos estudavam em currais, se deparou com um discurso de vitimização. 
 
Faltando menos de um mês para a campanha, a tendência é de que o clima fique cada vez mais pesado e não se sabe como Hartung vai conseguir desviar dos ataques de seu oponente sem ter de responder as acusações. Ele terá de atacar, até porque o que estará em jogo é mais do que o cargo político mais importante desta eleição, mas também o futuro  dos principais líderes políticos do Estado. 
 
Se Hartung vencer a disputa, certamente Renato Casagrande e seus aliados vão entrar em uma temida lista de desafetos do peemedebista e quem já esteve nela sabe muito bem o que isso significa. Se Renato Casagrande vencer, dificilmente Hartung vai voltar a se aventurar em eleições. E se a disputa for para o segundo turno, o capixaba deve assistir a uma batalha sangrenta. 

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