Ponto de bala
Quando o senador Magno Malta (PR), num simples aparte no Senado, com o poder de sua oratória detona o ex-governador Paulo Hartung, expressa bem o que irá fazer disputando o governo do Estado em 2014. E de imediato demonstra disposição de chamar para o confronto não propriamente o ex-governador, mas o modelo de hegemonia política que leva a alcunha de unanimidade, cuidadosamente elaborada para tornar a escolha de governadores um processo voltado meramente para a eliminação de opositores. Já rendeu a reeleição de Hartung e a eleição do governador Renato Casagrande, e se não fosse a determinação do senador Magno Malta de se candidatar ao governo, o processo não passaria de mais uma simples designação de um dos dois para governar o Estado entre 2014 e 2018. Por ter imposto derrotas ao modelo, especialmente quando de sua reeleição para o Senado, Magno tornou-se o candidato ideal para a tarefa de conter a unanimidade, impedindo-a de chegar a 2025. Uma ameaça a esse projeto de poder e aos seus idealizadores.
Respeito
Embora tenham declarado apoio à reeleição do governador Renato Casagrande, a senadora Ana Rita e a deputada federal Iriny Lopes, ambas do PT, foram dos poucos políticos que não condenaram a candidatura de Magno Malta ao governo.
Profusão
A profusão de candidatos à presidência do PT não será capaz de evitar a eleição do ex-prefeito de Vitória João Coser ao comando do partido. Mas servirá para o partido voltar a discutir política e formular projetos.
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No PT, a eleição garante a proporcionalidade dos votos, como uma forma de manter a presença das correntes. É como o partido entende sua democracia interna.
Ignorada
Até então ignorada no Estado, a ex-deputada federal Rita Camata foi redescoberta pela Nacional do PSDB. Quer vê-la de volta.
Trajetória
Rita é de uma das melhores parlamentares que o Espírito Santo ofereceu à Câmara dos Deputados. A volta pode até não interessá-la, mas que melhoraria a qualidade da Casa, melhoria, sem dúvida.
Pra valer?
Essa disposição manifestada pela deputada federal Rose de Freitas (PMDB) em disputar no seu partido a vaga de senador, mesmo que o ex-governador Paulo Hartung seja também um postulante, é uma boa pedida.
Pra valer II?
A disputa entre eles pode resultar no retorno ao cenário de peemedebistas que não engoliram a tomada do partido pelo ex-governador. Do lado da Rose, certamente.
Pra valer III?
Caso venha realmente a ocorrer, o deputado Lelo Coimbra, presidente regional do PMDB, seria a principal vítima. Acostumado a reeleger-se para a Câmara dos Deputados com PH impondo sua candidatura aos candidatos a deputado estadual, uma disputa desta prejudica a sua reeleição.
PENSAMENTO:
“Os fracos de coragem são fortes em astúcias”. James Agee
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