Em 2018 os deputados federais e senadores estarão disputando a reeleição. Querem manter suas cadeiras, mas para isso vão ter de enfrentar uma disputa muito acirrada no campo político e muito difícil no campo ideológico. É que para pedir votos, vão ter de encarar o trabalhador que tanto prejudicaram com suas votações no Congresso Nacional.
Na bancada capixaba, é fácil identificar quem está do lado do povo e quem não está. No que se refere à Reforma trabalhista, a coisa ficou meio dividida e os deputados que votaram contra o trabalhador já estão encontrando dificuldade em encarar o trabalhador.
Com relação à reforma da previdência a coisa será mais complicada. Os deputados e senadores entendem que isso pode trazer muito prejuízo eleitoral e estão adotando a cautela. Mas no debate do impeachment, quando apenas os dois deputados do PT – Givaldo Vieira e Helder Salomão que votaram contra o impeachment, que é a causa de toda essa crise –, o restante votou contra o trabalhador, e a popularidade quase inexistente do presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB) mostra o quanto isso pode ser prejudicial para os candidatos no próximo ano.
É aí que entra o movimento sindical. Não adianta ficar só na internet criticando, os sindicatos devem retomar o trabalhado de chão de fábrica, retomando os informativos para mostrara ao trabalhador quem está do lado dele e quem está contra. Os informativos devem se voltar para isso, para denunciar quem são os deputados que votaram contra o trabalhador para que eles não sejam reeleitos. Todo informativo deve trazer os nomes e o posicionamento de cada um sobre esses temas para que o trabalhador saiba quem é quem.
É preciso que movimento sindical – e aí a coluna chama atenção do sindicato dos aposentados, afinal é a reforma da previdência que está na berlinda –, tome consciência de que é preciso ajudar a eleger lideranças políticas que representem a classe trabalhadora e que possam tentar retomar a garantias dos trabalhadores que foram retiradas pelo presidente ilegítimo com o apoio do congresso nacional.
A mudança no perfil político do País depende desse trabalho de conscientização política e o movimento sindical precisa entrar em campo para retomar o espaço que o capital lhe tomou.
É hora de fazer a limpa!