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Problema crônico

A coluna tem apontado nas últimas semanas a falta de firmeza e foco do Sindicato dos Metalúrgicos em relação a uma série irregularidades, que culminaram em demissões de terceirizados da Vale. Mas esse problema que atinge os metalúrgicos não é isolado, é de todo o movimento sindical combativo, que passou a adotar posições pelegas visando à permanência no poder.
 
Exemplo disso é a demissão de companheiros combativos para não bater chapa com a situação, fazer eleição no tempo mínimo para não dar tempo de mobilização, mudar o estatuto de eleição, etc. Isso tudo desestimula a base à participação sindical e, consequentemente, à mobilização para a política institucional propriamente dita. 
 
Com isso, o que se vê hoje são sindicatos desidratados. Houve tempos em que 80% dos trabalhadores da antiga CST, hoje Arcelor eram sindicalizados. Hoje esse número não chega a 10%. E aí o patrão nada de braçada. E não vem dizer que a empresa está obrigando o empregado a sair do sindicato, não. Isso é coisa do passado. 
 
O sindicato não investe em formação de lideranças, se afastou da base, do chão da fábrica e alguns representantes do movimento quando mandatários, não correspondem às expectativas do trabalhador na defesa de uma pauta trabalhista. 
 
Tudo isso somado à falta de mobilização também das lideranças sociais. Afinal, não é difícil ver líder comunitário funcionar muito bem como cabo eleitoral do prefeito e depois colocar um monte de aliado na prefeitura, garantindo seu curral eleitoral e esquecendo as demandas da comunidade.
 
Trocando em miúdos, tudo isso é corrupção. Não é por acaso que a sociedade está tão descrente com a classe política, tão distante das discussões mínimas de suas comunidades. E sem a participação social esse galope reacionário que toma conta do País não poderá ser contido. 
 
Está na hora de olhar para além do próprio umbigo, diminuir a ambição dos líderes sindicais e sociais, esquecer o que foi feito de errado, porque daqui a pouco, corre o risco de esses caras nem poderem mais se reunir. 
 
É preciso lembrar uma página triste da história do Brasil, quando os sindicatos eram ilegais? 

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