Mais uma vez, a expectativa de que a eleição fosse estabelecida e equilibrada com a influência das redes sociais fracassou. A televisão entra em campo na próxima semana. Na quarta (20), os candidatos ao governo do Estado colocam seus programas no ar. Com certeza vai ser a ferramenta dos candidatos para tentar conquistar o eleitor.
Para os meios políticos, a impressão é de que a briga será bastante acirrada. Mesmo em vantagem, nada garante a eleição de Paulo Hartung (PMDB). Ninguém hoje nos meios políticos é capaz de apontar um vencedor na disputa, o que vemos, porém, é que Renato Casagrande tem um grande adversário pela frente e não é exatamente Paulo Hartung.
Com uma gaveta cheia de contas do governo passado que pagou, Casagrande até agora não apresentou a fatura. Por isso, continua permitindo que Hartung parta para o ataque sem que haja um embate. Hartung é bom de criar campanhas. Coloca uma única tese na rua, bate na mesma tecla até que isso fique tão consolidado na cabeça do eleitor, que fica difícil desconstruir.
Hartung tem uma desvantagem. Tem esqueletos no armário e a porta pode ser forçada a qualquer momento. Um candidato sem amarras, como Camila Valadão (Psol) pode fazer o serviço, mas o problema é que o ataque dela não tem um alvo só. Em uma mãozada acerta os dois, como ela mesma define: representam o mesmo projeto.
Mas Casagrande também tem vantagem. Além da TV, outro fator fundamental na eleição deste ano será a rua. Hartung tenta se aproximar dos jovens, tenta vender uma imagem de excelência, mas a companhia de lideranças com pendências judiciais complica a construção desta imagem. E na rua a coisa pesa para o lado de Renato Casagrande, ele é muito melhor de rua que Hartung.
O ex-governador é conhecido nos meios políticos por ser candidato de gabinete, Renato Casagrande sempre foi de circular pelo Estado e conversar com o eleitor. O que cada uma dessas capacidades vai trazer de beneficio e o que será mais determinante, só a urna vai dizer.