
A eleição à Câmara de Vitória rompeu uma tradição. Depois de muitos anos, um dos bairros mais estratégicos politicamente, Jardim da Penha, ficou sem representação no legislativo municipal. O que não acontecia, como se comenta no mercado, pelo menos desde 2000. Os nomes com reduto no bairro, Marcelão (PT) e Luiz Emanuel Zouain (PPS), que estão em final de mandato, não conseguiram se reeleger. Dos 15 que tomarão posse, antigos e novos, também não há quem tenha essa identificação. Aqueles que tentaram, ficaram pelo caminho. Antes dos atuais vereadores, ocupou esse espaço Alexandre Passos e antes, ainda, Otaviano de Carvalho. Entre 1989 até 2016, apenas no período 1996-2000 o bairro teria ficado sem representação na Câmara, o que se repete somente agora. Eleitorado composto por 21 mil pessoas, com associação de moradores atuante e cobiçada por grupos políticos, sobram interesses em ocupar esse vácuo nos próximos quatro anos. Com um pé nesse terreno estratégico já está, por exemplo, o vereador mais votado na Capital, Fabrício Gandini (PPS), que além do seu reduto Jardim Camburi, obteve votação expressiva no vizinho Jardim da Penha. Outros eleitos também foram lembrados, como Davi Esmael (PSB), que teve votos pulverizados em vários bairros. Resta saber quem Jardim da Penha pretende adotar – e não o contrário – como interlocutor de suas demandas, que não são poucas. Quem leva a herança?
Próxima parada
Marcelão, não sei, mas que Luiz Emanuel tem tudo para ser acolhido na gestão do prefeito Luciano Rezende (PPS) no caso de reeleição, isso é certo. Assim como a probabilidade dele cair de novo na Secretaria de Meio Ambiente. Zouain, aliás, nunca largou o osso.
Coringa
No cargo desde que o vereador saiu para disputar a eleição ainda está Paulo Sérgio Bello Barbosa, o então subsecretário. Com todas as mudanças que o prefeito fez no Meio Ambiente, vez ou outro Barbosa foi acionado para “subir” de função interinamente. Desta vez ficou mais tempo.
Comando
Os berros do PSD e do deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) acabaram melhor do que a encomenda. Amaro Neto (SD), candidato a prefeito em Vitória, ofereceu o comando da pasta de Meio Ambiente a Enivaldo. Para quem pleiteava do aliado só participar da campanha e levantar a bandeira da poluição do ar e da Máfia dos Guinchos…
Comando II
A questão desperta curiosidade. À frente da pasta, Enivaldo repetiria as críticas pesadas às poluidoras – Vale, Arcelor, Samarco – como faz na Assembleia Legislativa? Ele foi o único deputado até hoje que defendeu a prisão dos diretores das empresas.
Mas…
Antes de tudo, Amaro tem que ganhar do prefeito Luciano Rezende (PPS) no segundo turno.
Toma lá, dá cá
Aberta a temporada de baixaria eleitoral em Vila Velha. Os candidatos a prefeito Max Filho (PSDB) e Neucimar Fraga (PSD) já se enfrentam na Justiça, nas redes sociais, e onde mais for possível…imagina até o final do mês!
Barca cheia
Por falar em Max, ele receberá mais um partido em seu arco de aliança, agora o PSL, o segundo mais votado na proporcional. A barca está tão cheia que quero ver agradar gregos e troianos depois.
No aguardo
O deputado federal Paulo Foletto (PSB) não vai se manifestar, mesmo, sobre a insatisfação dos servidores do Ibama e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em relação às indicações políticas que fez como líder do partido para as superintendências regionais dos órgãos? Carta aberta, protestos, mobilização…falta mais o que para Foletto aparecer?
Mobilização
A PEC 241 – ou PEC da Maldade – e seus efeitos são temas de debate na Reitoria da Ufes nesta quinta-feira (13), em evento foi convocado pelo Facebook. A aprovação da proposta já motivou protestos no Estado de estudantes dos Ifes.
Nas redes
“Concordo que deva existir limites para os gastos públicos, a LRF foi criada para isso, mas além das brechas que criaram, ela é burlada o tempo todo. Antes de apresentar uma PEC [241] para conter gastos, os homens públicos dos três poderes deveriam dar exemplos e ‘cortar na própria carne”. (Deputado estadual Sérgio Majeski – PSDB – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo”. Millôr Fernandes