Quarta, 15 Mai 2024

Quem não gosta?

Foi-se o mês de julho, não faz tanto tempo assim,  e pouca gente soube que no dia 29 o mundo celebrou o dia internacional de uma das mais apreciadas alquimias da culinária -  a lasanha. Campeã entre os favoritos, quem não gosta sofre de algum distúrbio psicológico ou social. Pois uma lasanha não se desfruta sozinha, é prato coletivo, comunitário, impossível de se preparar para o prazer de uma única pessoa. Seria um desperdício e não teria o mesmo sabor.
 
 
Como acontece com o macarrão, muitos acreditam que a lasanha é mais uma grandiosa invenção italiana. Nada mais errado, porém. Prova incontestável da divindade da lasanha:  ela foi inventada na Grécia antiga, o que não  nos surpreende, uma vez que lá moravam os deuses mais interessantes que a fantasia humana criou. O que comeriam os etéreos habitantes do Olimpo além  de ambrosia? Imagine-se o banquete anual da categoria... ou a festa de aniversário de Afrodite...
 
 
O nome lasana, dos gregos,  foi copiado pelos romanos, como lasanum, que era o nome do recipiente em que era preparada. Acabou denominando o sagrado alimento. Mais um plágio da cultura grega pelos romanos,  mas temos que admitir – tal como o macarrão – se eles não inventaram, com certeza melhoraram muito. Além disto, a lasanha forma dupla imbatível com o queijo mussarela, esse uma  criação romana original.
 
 
Prova irrefutável da nobreza da lasanha: o rei inglês Richard II apreciava um prato chamado loseyn, muito parecido com a lasanha atual. A receita foi importada da Itália, mas sem tomate, que não era ainda conhecido na Inglaterra. Prova irrefutável da imbatível popularidade da nossa fabulosa lasanha: digito a palavra no Google e ele me brinda com 17 milhões e 600 mil opções, em exatamente 0.29 segundos! Só faltou o aroma...
 
 
Como disse Confúcio, lasanha não é um prato solitário. Deve ser digerido em alto estilo, acompanhado de um bom vinho e usado como pretexto para alicerçar a confraternização entre amigos, familiares e correligionários. Reúna a ou as pessoas queridas em torno de uma travessa fumegante, ou duas, com mais queijo do que massa, menos molho do que queijo, se possível feita em casa, com a ajuda de muitas mãos. Quando assar, o aroma vai se espalhar além do precário limite da sua cozinha, e contar ao mundo que você é feliz.
 
 
Eleito o mais doce dos meses, julho é também o mês do chocolate e do sorvete, e se houvesse uma eleição para a escolha do alimento mais apreciado pela humanidade, com certeza daria empate. Aproveito ainda as doçuras de julho para cantar um parabéns um tanto atrasado para Adelzira Madeira, que como não poderia deixar de ser, escolheu esse dia 29 para completar aniversário. Que muitos venham ainda, querida Zira!

Veja mais notícias sobre Colunas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 16 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/