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Recapitulando

Para entender melhor o que levou ao embate eleitoral que terá desfecho no dia 5 de outubro próximo, é preciso voltar ao passado para reconstruir a relação entre os principais adversários na disputa pelo Palácio Anchieta este ano. A coluna toma como ponto de partida a eleição de Paulo Hartung para o governo em 2002, quando ele deu início à construção do projeto hegemônico que chamamos de unanimidade.
 
Hartung foi eleito pelo PSB, que já tinha como presidente no Estado àquela época, o deputado federal Renato Casagrande, que pouco antes passara a responder pela Secretaria Nacional do partido. Um ano depois Hartung deixa o ninho da pomba e permanece sem partido até agosto de 2005, quando se filia ao PMDB para disputar a reeleição. Enquanto isso, PSB faz parte de um grupo de siglas que rateiam as prefeituras da Grande Vitória, ao lado de PDT, PMDB, PT e PR. 
 
Em 2006, Hartung disputa a reeleição contra a protocolar candidatura de Sérgio Vidigal (PDT). Ao Senado disputam Max Mauro  e Renato Casagrande. Como Max é desafeto de Hartung, o então governador infla a candidatura do socialista. Embora esteja sempre próximo a Hartung, Casagrande não é um membro do seleto grupo do peemedebista. 
 
Em 2008, Hartung convida seus principais aliados Ricardo Ferraço, na época o vice; Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) – deputado federal que recuou da candidatura ao Senado em 2006 em favor da estratégia de Hartung para eleger Casagrande – e o prefeito de Vitória João Coser (PT) e diz que colocará a mão em quem se credenciar à disputa. Um ano depois ele se decide por Ferraço e coloca suas fichas nele. 
 
Isso até abril de 2010, quando uma manobra entre PMDB, PT e PSB em nível nacional força a troca do cabeça de chapa no Estado. Renato Casagrande, naquele momento, era o candidato independente que ameaçava a unanimidade, mas passou a ser o candidato palaciano. Este não era o plano de Hartung. Casagrande sabia que tinha irritado seu antecessor, mas não acreditava que poderia ter de enfrentá-lo em uma futura eleição. 
 
Nos quatro primeiros anos de seu mandato, Casagrande fez de tudo para tentar manter a unidade com o ex-governador. Compartilhou as secretarias, algumas decisivas, blindou o governo de Hartung e assumiu contas que não eram suas. Mas nada disso foi capaz de anular um embate que foi marcado no dia 28 de abril de 2010, no hotel Sheraton, em Vitória, quando Hartung engoliu a seco seu candidato Renato Casagrande. 
 
Fragmento:
 
1 – Na eleição à Câmara dos Deputados, haverá também um embate polarizado entre os dois palanques. Hartung vai tentar reeleger Lelo Coimbra (PMDB) e Renato Casagrande, Paulo Foletto (PSB). 
 
2 – O deputado Zé Carlos Elias (PTB) vai disputar a eleição de deputado federal. Um a menos para entrar na briga pela Assembleia, mas não alivia a disputa acirrada dos demais parlamentares.

 

3 – A partir desta segunda-feira (14) estarei em férias por 30 dias e serei substituída na coluna por Rogério Medeiros. 

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