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Rede de intrigas

A criação da Rede Sustentabilidade foi cercada de muita expectativa sobre um desempenho diferente dos demais partidos. Mas em sua primeira participação eleitoral, os movimentos da sigla no Espírito Santo não têm se destacado pela proposta de ser diferente. Muito pelo contrário, o partido mostra uma serie de problemas internos, típicos dos partidos tradicionais. Logo a Rede, que surgiu criticando os partidos que faziam a chamada “velha política”. 
 
Os ruídos vieram de vários lugares. Nesse fim de semana, a movimentação do partido, aderindo ao palanque do prefeito Rodney Miranda (DEM), culminou com o desligamento do coordenador da Rede em Vila Velha e presidente do Sindicato dos Servidores da Prefeitura, Ricardo Aguilar, da sigla. Não dá para ficar no palanque de um adversário do dia a dia. A costura teria sido feita por cima, entre Rodney e Audifax Barcelos, passando por cima das diferenças locais entre o porta-voz canela-verde e o prefeito da cidade. 
 
Em Guarapari, a Rede que estava alinhada com o PSB de Gedson Merízio  pulou fora do palanque do socialista. Estava conversando com o tucano Carlos Von e saiu também do grupo, depois que PSB e PSDB se aproximaram para unir forças contra o ex-prefeito Edson Magalhães (PSD).
 
Em Linhares, norte do Estado, o partido estava no palanque do vereador José Cardia (PSD), com o então porta-voz Sérgio Pessotti, mas Sérgio, que chegou a ser anunciado como vice de Cardia, perdeu não só o palanque como o comando do partido para o primo, Dan Pessotti, que fechou costura com Rodrigo Panetto (PPS). 
 
Já na disputa de Vitória, a oscilação da Rede foi grande. Gustavo de Biase insiste em dizer que a aliança com o prefeito Luciano Rezende (PPS) é programática, mas há três semana, essa aliança programática era com o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas. Em 2012, o próprio De Biase criticou o projeto de Luciano, quando disputou a eleição, ainda pelo PSol
 
Audifax Barcelos queria um partido para chamar de seu, assim como seu principal adversário na Serra e na vida, Sérgio Vidigal, que tem em suas mãos o PDT. A diferença é que Vidigal tem controle do PDT não só no seu município, mas no Estado todo. 
 
Pode se dar inclusive ao luxo de entregar as articulações ao vice-presidente do partido, deputado Josias Da Vitória, para se dedicar às articulações de sua candidatura. Audifax não pode fazer o mesmo. Está sendo, inclusive, cobrado para que cumpra alguns acordos do partido em outros municípios.
 
A Rede é um projeto em construção no País todo, mas no Espírito Santo as movimentações desta eleição não conseguiram mostrar esse novo jeito de fazer política que o partido propõe. 
 
Fragmentos 
 
1 – A pressão do PSB da Serra, lançando o nome do deputado estadual Bruno Lamas à prefeitura, deu certo. A ex-secretária de Educação, Márcia Lamas foi confirmada na vice do prefeito Audifax Barcelos (REDE). A candidatura de Bruno seria mais para pressionar o prefeito a manter os acordos com o PSB.

 

2 – Apesar das  especulações, o prefeito Gilson Daniel (PV) e o candidato a vice, o empresário Mazinho Zucolotto  (PMDB) registraram a chapa na Justiça Eleitoral na tarde desta segunda-feira (8).
 
3 – Em Aracruz, litoral norte, a oposição começa a se unir contra o adversário em comum, o vice-líder do governo Paulo Hartung na Assembleia, Erick Musso (PMDB). Depois da desistência de Alcântaro Filho (Rede), foi a vez de Gúbio Heringer (DEM) anunciar que vai ser o candidato a vice de Anderson Ghidetti (PTB).

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