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Reflexão tucana

Seja no campo nacional, seja no cenário estadual, o PSDB vive um momento delicado. Lá, a candidatura do senador Aécio Neves (MG) não o consolida com o principal adversário de Dilma Rousseff e do PT. A entrada de Eduardo Campos (PSB), vitaminado com o apoio da ex-senadora Marina Silva, não ajudou, como o tucano esperava, e a situação pode ficar complicada para ele.
 
No Espírito Santo, o partido passa por tantos problemas internos, desde antes mesmo da eleição do ano passado, que seu futuro é incerto. A eleição, aliás, deveria ter servido para que o PSDB analisasse sua situação e buscasse um novo caminho. 
 
O partido retraiu em número de prefeituras, teve problemas para a eleição interna e já começa a mostrar novas crises no início da preparação para 2014, sabendo que precisa de resultados. Um novo desempenho ruim pode significar um triste fim para um partido que já teve capital político alto no Espírito Santo. 
 
Uma boa olhada no ninho tucano mostra alguns equívocos que precisam ser repensados. O primeiro é parte do partido ainda se tornar dependente das articulações de Paulo Hartung. É preciso cortar o cordão umbilical e desencanar dessa ideia de que um dia ele vai voltar. Não vai. Pelo menos enquanto o PSDB não for um partido forte no Estado.
 
É preciso separar os projetos pessoais, os projetos que vêm servindo ao grupo do ex-governador, e os projetos que vão efetivamente fazer com que o partido cresça no Estado. Sair de outra eleição estadual sem representação na Assembleia, por exemplo, não vai dar. 
 
Para isso suas lideranças precisam se reinventar, encontrar os espaços que realmente trarão expectativas de futuro. Mais do que a matemática confusa das proporcionais, é preciso saber como a ocupação de determinado cargo vai projetar lideranças para conquistas maiores. Em alguns casos, será necessário recuar para depois avançar, e ter maturidade para entender que isso é normal, faz parte da vida.
 
Fragmentos:
 
1 – O senador Ricardo Ferraço (PMDB) pode mesmo ser tirado do jogo, outra vez, na disputa ao governo do Estado em 2014. Mas se depender da visibilidade que tem conseguido na mídia, está bem. 

 

2 –  Aliás, quem está vendo que pode ser retirado do jogo também é Guerino Balestrassi (PSDB). Daí começou a espernear, vislumbrando a possibilidade de ter, novamente, tomado o caminho errado, confiando na indicação de Paulo Hartung.

3 – Mas, pelo menos dentro do PSDB, ele tem conseguido convencer sobre sua disposição de disputar o governo do Estado. Como trabalhou com articulação em 2012, deve saber bem quais caminhos tomar para garantir a viabilidade financeira de seu palanque. A menos que cheguem à sua frente para conversar.

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