Sem controle
Esta semana, o presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), conseguir reverter uma ação no Tribunal de Justiça. Ao lado da anulação do envolvimento de seu nome no escândalo desbaratado pela Operação Derrama, o deputado estadual mostrou força com vitórias na Justiça, que se continuarem a acontecer, vão aos poucos limpando sua ficha para 2014.
Mas se judicialmente as coisas vão bem, politicamente a coisa é diferente. O deputado anda sumido do plenário da Assembleia e não é por acaso. O clima não anda nada bom e, aos poucos, os servidores da Assembleia vão se dando conta do blefe dos 11,98%, que ele espertamente colocou na conta da comissão criada para solucionar o caso, uma promessa dele aos funcionários da Casa.
Ferraço também não tem conseguido dar conta das demandas dos parlamentares e a pressão sobre o legislativo, aliado à pesquisa que mostrou a insatisfação da população com o trabalho dos deputados, tem colocado em risco a reeleição de pelo menos metade do Plenário e o fortalecimento prometido pelo presidente não está vindo. Muito pelo contrário, a Assembleia tem colecionado desgastes políticos que podem custar muito caro em 2014.
As manchas na imagem da Assembleia começam a respingar no plenário e os deputados sabem muito bem que a eleição de Ferraço foi temerária. A contrapartida dos gabinetes externos não é exatamente uma agenda positiva para a Casa e a expectativa de enfrentar lideranças muito fortes que buscam espaço no Legislativo está deixando o nervo dos deputados à flor da pele.
Para piorar, o discurso de Euclério Sampaio (PDT) cobrando postura dos colegas tem criado constrangimento naqueles que sabem que a Casa tem respostas a dar à sociedade, mas prefere manter os olhos fechados para o que acontece, em defesa de uma unanimidade e um jogo político que não existem mais.
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