Terça, 30 Abril 2024

Tábua de salvação

Não bastasse sair em defesa de seu antecessor sobre as denúncias de improbidade administrativas relativas às obas do posto fiscal em Mimoso do Sul, o governador Renato Casagrande agora se aproxima mais intensamente de Paulo Hartung (PMDB), reservando o lugar da disputa ao senado para o peemedebista.



Mas, para os meios políticos, não é Hartung que fortalece o palanque de Casagrande contra um possível embate com o senador Magno Malta (PR). Muito pelo contrário, ao aderir o ex-governador, é Casagrande quem ajuda seu antecessor a se proteger das polêmicas jurídicas.



A antecipação do debate eleitoral pode abrir um subterfúgio para que o ex-governador utilize a estratégia de alegar que as denúncias são ligadas a manobras eleitoreiras para tirá-lo do jogo político do próximo ano. Retomando por meio de seus aliados a lebre de que pode disputar o Senado, ele consegue um discurso que o levaria a sair pela tangente, pelo menos com a opinião pública.



O problema é que as denúncias são graves e a vida do ex-governador pode se complicar na Justiça. Por isso, quem estiver do lado dele no palanque pode acabar saindo respingado desses episódios. Para Casagrande que, pelo jeito, terá uma batalha dura pela frente, caso não consiga reverter a candidatura de Malta ao governo, talvez não seria interessante estar junto com Hartung.



Até porque, eleitoralmente, o ex-governador não deve acrescentar muito à candidatura à reeleição do governador. Na disputa de 2012, ele recuou da possibilidade de disputar a prefeitura de Vitória diante da avaliação de que seu capital político não lhe daria musculatura para vencer a disputa, ainda mais porque não conseguiu limpar o campo de disputa.



Hartung perdeu na maioria dos palanques nos quais pisou. E pior, contribuiu para a derrota de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) em Vitória. Para o ex-governador, o palanque de Casagrande pode ser uma tábua de salvação de seu prestígio político. Para o governador, a presença de seu antecessor na campanha pode ser um risco muito grande.



Fragmentos:



1 – A deputada federal Iriny Lopes (PT) está no movimento para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos. A comissão tem a proposta de funcionar paralelamente à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.



2 – Na ocasião da indicação do deputado Marcus Feliciano (PSC-SP) para a presidência do colegiado, Iriny Lopes, que já presidiu a CDHM, se manifestou contrariamente.



3 – Quem não se pronunciou sobre o caso de forma contundente até agora é a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, senadora Ana Rita Esgário (PT).

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