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Tal qual

Em sua coluna desta segunda-feira (26), no Valor Econômico, o  professor de filosofia da USP, Renato Janine Ribeiro, fala da problemática na disputa presidencial deste ano em relação às movimentações dos postulantes ao Palácio do Planalto. Ao analisar os cenários colocados no campo nacional, o professor aponta a dificuldade que a oposição poderá enfrentar diante do discurso social. 
 
Isso porque, se há um trunfo para o governo Dilma, é mostrar o que fez em seu mandato nesta área, mas falta essa identidade à oposição para enfrentar esse discurso. “Os oposicionistas têm preferido falar a empresários – o que mereceu a crítica desse agudo observador da cena política que é Cesar Maia, lembrando que o capital não dá votos e até gera antipatia no povo”.
 
Para Renato, falta diálogo aos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) com o eleitor. Nada diferente do que vem acontecendo no Espírito Santo em relação à disputa ao Palácio Anchieta. Os dois nomes colocados estão afastados do eleitorado, e isso faz muito tempo. 
 
Hartung, desde 2002, vem lidando com o rótulo de político de gabinete, que articula as eleições bem antes de o período eleitoral começar. Foi assim, inclusive, que se articulou a eleição de Renato Casagrande em 2010. E é assim que está Casagrande articulando sua reeleição este ano. 
 
Os movimentos de ambos no cenário social também revelam esse afastamento com o eleitor. Hartung faz palestras voltadas para públicos fechados, universitários e empresários. Casagrande se une a lideranças políticas fechando por cima a captação de votos. 
 
Nem mesmo a discussão sobre as chuvas no fim de 2013 mostrou uma aproximação com a população comum. O governador socorreu os prefeitos para evitar desgaste nos captadores de votos, mas o prejuízo com os gestores já estava adiantado bem antes da chuva.
 
Aí ganharia espaço uma candidatura mais popular como a de Magno Malta (PR), que tem identidade com o eleitorado e afastamento da elite política do Estado. Mas como a possibilidade de entrada na disputa ao governo do senador é uma realidade cada vez mais distante, a eleição promete mais do mesmo.
 
Fragmentos:
 
1 – O colunista do O Globo, Ricardo Noblat, afirma que esta não será a eleição das redes sociais. Ele falava da disputa nacional. Novamente, qualquer semelhança com o cenário local não será mera coincidência.
 
2 – Mudar o nome do município de Presidente Kennedy para João Goulart não vai resolver as enormes diferenças sociais que atingem o local. Os moradores do bairro João Goulart, em Vila Velha, que o digam. 
 
3 – A historiadora Anita Prestes, filha dos militantes comunistas Olga Benário Prestes e Luís Carlos Prestes, estará em Vitória nesta quarta-feira (28), para uma palestra na Ufes sobre os 90 da Coluna Prestes. 

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