Terça, 30 Abril 2024

Tem mais

A declaração do presidente do Tribunal de Contas do Estado à imprensa, nesta quinta-feira (17), de que há mais empresas e prefeituras envolvidas no esquema de fraude em cobrança de multas, cria uma situação de apreensão no mercado político.



Se as investigações continuam e se há mais empresas e prefeituras envolvidas, novas prisões podem acontecer. É só uma questão de tempo. Além do processo criminal e da passagem pela prisão, que mesmo que seja por cinco dias faz um estrago sem tamanho, fica o prejuízo futuro.



A partir de agora, todos os ex-prefeitos que fizeram esse tipo de contrato de prestação de serviço vão ter problemas para dormir, já que a qualquer momento poderão ser acordados pelos agentes dos Nurocc, da Polícia Civil.



Mas a preocupação não deve estar na cabeça apenas dos ex-prefeitos. A estratégia de esperar que eles saíssem dos mandatos para perderem o foro privilegiado causou impacto. Isso não significa, porém, que quem tem mandato está livre de punição. A diferença é que a coisa muda de instância, em vez de um juiz de primeiro grau, que decide é um desembargador do Tribunal de Justiça.



E mais: não é só os agentes envolvidos na fraudes que têm com o que se preocupar com uma classe política formada por apadrinhamentos, o escândalo irradia e pode atingir muita gente. Os primeiros estragos já chegaram ao prestígio de Theodorico Ferraço (DEM) e até do ex-governador Paulo Hartung (PMDB).



As ligações perigosas das lideranças do Estado podem criar um efeito cascata. Isso que dá projeto hegemônico. Depois que se coloca todo mundo no mesmo balaio, fica difícil separar o que é joio e o que é trigo.



Fragmentos:



1 – O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM) começa a pagar o ônus da canetada demitindo todos os comissionados de uma vez. Agora cada ato de nomeação vai para o diário oficial e todo mundo fica sabendo quem pertence a quem.



2 – Aliás, é nessas horas que a população entende a declaração do presidente da Câmara de Vila Velha, Ivan Carlini (PR), que independentemente do chefe do Executivo, será sempre governista. Assim é fácil ser base.



3 – Pelo andar da carruagem a expectativa de Esmael Almeida (PMDB) retornar à Assembleia no final de maio, com ida de um deputado para o Tribunal de Contas, vai ser frustrada.

Veja mais notícias sobre Colunas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Terça, 30 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/