
O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), até tentou colocar panos quentes nessa história da aproximação entre o governador Paulo Hartung (PMDB) e o deputado federal Max Filho (PSDB), que tem chances de acabar em aliança na eleição de outubro próximo, mas não passou nem de longe convencer! No mercado político, tem é gente imaginando a reação do prefeito ao saber que o governador articula para jogar a toalha da sua candidatura à reeleição. Logo ele, seu padrinho político e criador, querendo abraçar outro nome? Ainda mais Max Filho, forte adversário de Rodney e com longo histórico de desavenças políticas com Hartung. A mudança de estratégia, primeiro, confirma que Rodney vai de mal a pior em Vila Velha. Ao mesmo tempo, levanta dúvidas: o prefeito participou dessa mesa de negociação ou foi apenas comunicado? Pelo que parece, prevalece a segunda opção. E a que preço – se é que tem reparo para o “tratadora” dessa – o prefeito abriria mão do seu projeto político? Se Hartung apronta uma dessa com Rodney, hein, imagina com os demais…
Topo
Na onda da notinha emplacada por Hartung na coluna do Anselmo Gois em O Globo nesta terça-feira (12), colocando-o em condições de se apresentar como candidato a presidente da República, já tem liderança fazendo gracejos de que o governador poderia aplicar o mesmo Conto do Vigário em Rodney, com a oferta de um ministério. Vai que cola!
Contradição
Agora que é esquisito, é. Tanto imaginar essa articulação entre Max e o governador, quanto vê-los juntos em campanha eleitoral e no mesmo palanque. Não é possível que essa aliança será digerida com facilidade pelo eleitorado canela-verde. Não é possível que Max Filho está disposto a cair nessa.
Reprise
E o deputado estadual Hércules Silveira (PMDB)? Vai sobrar de novo? Já pode estrear no “Vale a Pena Ver de Novo”.
Vitrine
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), abriu crédito suplementar no valor de pouco mais de R$ 4,3 milhões que, na prática, sacrificam serviços de áreas importantes para investir em propaganda e maquiagem. Olha só: R$ 3 milhões somente para implementação e manutenção de áreas verdes, R$ 1 milhão para a Secretaria de Comunicação, e R$ 310 mil para construção, reforma e ampliação das escolas.
Vitrine II
A maioria do dinheiro Luciano retirou da pasta de Meio Ambiente, que seria destinado a campanhas e eventos ambientais e às áreas protegidas e de controle e monitoramento, algo em torno de R$ 2,2 milhões. Aí ele puxou mais um dinheiro de manutenção das escolas e da frota de ônibus, de limpeza, etc. e tal, e completou o que precisava para um ano de disputa eleitoral.
Enquanto isso…
O vereador de Vitória Max da Mata (PDT) usou as redes sociais para falar da visita que fez à EMEF Paulo Freire e ao Ginásio do Centro de Educação Unificado de Inhanguetá. A situação é lamentável, diz ele, lembrando que a obra está parada desde 2011.
Mais
Quem também fez cobranças a Luciano Rezende foi o vereador Serjão Magalhães (PTB): “Recebemos, de vários moradores, denúncias sobre depredações no ‘Memorial da Paz’, monumento localizado na Praça do Papa. Segundo eles, a PMV retirou a empresa de vigilância do local e deixou o patrimônio a mercê de vândalos. Desde o início de 2014, cobro melhorias”. É, prefeito, “tá” osso pro seu lado!
Conveniência
Como ocorre todos os anos, a Assembleia só lembra dos índios do Estado na época do Dia do Índio. Nesta quarta-feira (13), será realizada sessão especial “por reconhecimento e valorização da identidade indígena”. A iniciativa é do deputado Nunes (PT), que se declara índio. Ele conseguiu aprovar, no ano passado, a Semana Estadual do Índio.
Nas redes
“Integrantes da rota 4 saíram nesta manhã (12) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) rumo a Regência, onde serão visitadas colônias de pescadores e surfistas afetados pela lama tóxica vindas pelo rio Doce após o rompimento da barragem da empresa Samarco. A atividade contará ainda com a participação de indígenas Guarani e tupiniquim, dando voz aos atingidos pela tragédia”. (Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Mudamos os políticos, não a política”. Edson Nelson Soares Botelho

