Segunda, 29 Abril 2024

Tudo junto

O governador Renato Casagrande está cada vez mais distante de conseguir erguer em 2014 um palanque de consenso em torno de sua reeleição. A impressão de fora do Estado é de que o governador não quer priorizar seu espaço para a candidatura de seu partido, apoiando apenas o governador de Pernambuco Eduardo Campos para presidente. Mas também não vai conseguir colocar todo mundo no mesmo barco como quer.



O que se ventila é que Casagrande estaria tentando ampliar sua base de 2010, que foi composta por 15 partidos, fora o PSB. Mas o cenário nacional torna impossível abarcar todas as legendas. O governador cria a expectativa de erguer um palanque independente, para também receber a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT).



Casagrande também flerta com o PSDB, que terá o senador mineiro Aécio Neves como presidenciável e cogitaria até tentar atrair a Rede, de Marina Silva. O congestionamento de presidenciáveis no palanque do governador inviabilizaria a distribuição das lideranças do Estado em sua chapa. Haja pernas!



Muito tempo antes de começar o período eleitoral, as incertezas já vêm causando muita briga dentro dos partidos. Preocupados mais com as proporcionais do que com o palanque presidencial, estão de olho nas movimentações, buscando a acomodação ideal para manter seus mandatos. A tendência é de que à medida que o período eleitoral se aproxime mais tenso fique o mercado.



Uma coisa é certa, a pressão das nacionais é um elemento fundamental nessa tensão do mercado político estadual. Casagrande não vai conseguir abraçar o mundo como quer. Será preciso fazer escolha: ou vai manter sua posição partidária e apoiar a candidatura de Campos, o que ele, aparentemente, não quer ou vai aderir ao palanque de Dilma Rousseff.



Aí ele tem outro problema. Será que Dilma vai querer aderir ao palanque de Renato Casagrande em 2014?



Fragmentos:



1 – A Rede tem um grande trunfo nas mãos, que é a candidatura da ex-senadora Marina Silva à Presidência da República. Nacionalmente, o partido vai bem, embora ainda esteja longe do índice mínimo de assinaturas necessárias para sua criação.



2 – Marina, mesmo que não consiga tempo de TV e fundo partidário para sua campanha, tem seu capital político de 20 milhões de votos e a tendência é crescer quando o processo eleitoral for propagado. Marina deve decidir a eleição presidencial do próximo ano.



3 – No Estado, porém, o partido vive um momento de instabilidade com o embate entre as diferentes correntes ideológicas que compõem o grupo. Falta também uma liderança de peso para puxar os candidatos do Estado.













 

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