Domingo, 28 Abril 2024

Um exemplo

Seguindo os passos de sua nacional, há também no PSDB capixaba muitos problemas internos a serem acertados para que o partido consiga alcançar seus objetivos em 2014. O momento é de reflexão. A estratégia errada pode levar a uma perda de quadros importantes e uma acomodação equivocada de suas principais lideranças.



O partido vive um momento de desgaste e a crise causada no diretório da Capital vem movimentando o cenário político. O PSDB não é mais "aquele", mas os problemas internos de um partido dentro de um sistema de unanimidade, como no caso do Estado, é sempre um problema.



Com a proximidade de sua convenção estadual, este seria o momento de o ninho tucano passar por um processo de reflexão e uma tomada de atitude. Do jeito que está, o PSDB só tem a perder. E estamos falando de um partido que não pode mais perder.



Um bom exemplo de como superar crise interna no partido vem do PDT. O partido passou por um processo de desgaste com uma profusão de denúncias contra seus quadros. Os prefeitos de Fundão, Marcos Moraes, e de Santa Leopoldina, Ronaldo Prudêncio, tiveram os nomes envolvidos em escândalos e perderam os mandatos.



A deputada Aparecida Denadai também foi denunciada na Operação Moeda de Troca; a deputada federal Sueli Vidigal, por suspeita de crime eleitoral nas eleições de 2010; o deputado Da Vitória teve o nome envolvido no escândalo desvendado pela Operação Pixote; e até o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, presidente do partido, sofreu denúncias de envolvimento em escândalos.



Mesmo assim, o partido continua de pé. Tem quatro deputados estaduais, três federais, oito prefeitos eleitos em outubro passado e as perspectivas para 2014 são boas.



O que o partido fez? Na hora em que a situação ficou complicada, suas lideranças, embora não concordem com muitas das ações do presidente do partido, se uniram para fortalecer a imagem de Vidigal e cobrar sua permanência na condução do partido.



Vidigal faz do PDT um partido para garantir seu próprio espaço político e o leva para onde possa conseguir melhor posicionamento. Mas, isso não impede que suas lideranças se movimentem e também consigam seus espaços.



Talvez essa seja a lição a ser seguida pelo PSDB. É hora de suas lideranças se unirem para traçar uma estratégia do tamanho que o partido realmente é hoje. Isso fortaleceria um comando que pense o partido como um todo, com espaço para que seus filiados possam se movimentar livremente. Ou faz isso, ou corre o risco de não fazer mais nada.



Fragmentos:



1 – A questão da representação de Iriny Lopes (PT) contra Marco Feliciano (PSC) vai muito além das ditas polêmicas protagonizadas por ela na Secretaria da Mulher, passa pela omissão do partido dela no colegiado.



2 – O ex-governador Paulo Hartung vem intensificando palestras e investindo no mundo virtual. Um caminho que ele pode trilhar para construir o discurso de autodefesa em relação às suas broncas na Justiça.



3 – Theodorico Ferraço (DEM) conseguiu absolvição de um processo de improbidade no Tribunal de Justiça. Agora só faltam 13, para que ele fique com a ficha limpinha.

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