Terça, 14 Mai 2024

Um rumo para o PT

Um ponto de discussão que é compartilhado por boa parte das lideranças do PT no Espírito Santo é a necessidade de o partido mudar o rumo de suas discussões internas. Em vez de antecipar o posicionamento do partido para as disputas eleitorais do ano que vem, querem que o PT elabore um programa para orientar seus quadros no Estado.



A discussão apresentada pelo deputado estadual Rodrigo Coelho em recente entrevista a Século Diário chama a atenção pela necessidade de um mecanismo que parece ser básico dentro do partido, mas que foi ignorado. Coelho é da mesma corrente do ex-prefeito de Vitória João Coser, que é apontado nos meios políticos como um dos grandes responsáveis pela guinada pragmática do partido no Estado, desde sua ascensão à prefeitura da Capital.



Mas Rodrigo não é o único dentro do PT que entende a necessidade de o PT voltar às origens e retomar o diálogo com os segmentos sociais que contribuíram para que o partido chegasse à Presidência da República. O candidato da corrente lulista Construindo um Novo Brasil, Perly Cipriano, é outro defensor de o partido utilizar o espaço aberto pelo Processo de Eleição Direta (PED) para discutir a construção de um programa para o partido.



E Perly defende ainda um passo a mais. É preciso, na opinião dele, conversar também com os partidos que compõem a base do governo Dilma, para que o programa não deixe dúvidas sobre sua identidade petista e que atenda os interesses da sociedade.



Quem também falou na necessidade do programa para o PT foi a candidata da Articulação de Esquerda, senadora Ana Rita Esgário. Assim como os companheiros das outras duas correntes, a senadora defende a retomada do diálogo com os movimentos sociais.



Diante da expectativa de que Coser tem consolidada sua vitória no processo eleitoral do PT, resta às demais lideranças provocar essa discussão. O PT precisa retomar sua identidade de origem. O pragmatismo adotado nos últimos anos não foi eficiente para o partido e se, nacionalmente, Dilma constrói seu palanque de reeleição com força total, no Espírito Santo o partido tem sofrido queda de desempenho.



Fragmentos:



1 – A ex-senadora Marina Silva conseguiu mais de 80% das assinaturas necessárias para a criação de um novo partido no país. A adesão ao novo partido cresceu depois da tentativa de tirar o fundo partidário e o tempo de TV da senadora.



2 – Ainda faltam pouco menos de 20% de assinaturas, mas até outubro, Marina tem tempo de sobra para conseguir o número mínimo, mas esta é só uma batalha para a presidenciável.



3 – No Estado, o partido carece de quadros para fortalecer o palanque de Marina na disputa. No entanto, a possibilidade de não conseguir recursos para a campanha deve espantar as lideranças.

 

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