Sexta, 03 Mai 2024

Vai mesmo?

 

O novo presidente da Câmara de Vitória Fabrício Gandini (PPS/foto) começa a trabalhar mesmo, de verdade, a partir da próxima terça-feira (5), quando começam as atividades plenárias. Uma espécie de herdeiro do espólio do prefeito Luciano Rezende (PPS), Gandini foi para lá exatamente para dar cobertura ao prefeito - vide os esforços para elegê-lo presidente. Em que pese a cara de jovem, Luciano é político rodado e sabe de longe que no Brasil o regime de fato é o parlamentarista. É só se voltar para a Câmara e o Senado e ver que o governo depende de maioria para administrar. Mas Gandini apareceu dizendo que a Câmara vai fiscalizar a prefeitura. Ele fala em nome de si mesmo, só se for - o que, contudo, já é bem-vindo. Na Câmara, cada vereador e uma sentença. Gandini vai ter que se esforçar para passar as mensagens do prefeito e este poder realmente governar. Se alguém vai esperar fiscalização, vai morrer duro nas cadeiras da galeria da Câmara.
 
Briga no jantar
 
O novo procurador-geral da Câmara de Vitória é o advogado Marcelo Souza Nunes, especialista em Direito Eleitoral e advogado do PPS, partido do prefeito Luciano Rezende. Acontece que sua esposa, a também advogada Alessandra Costa Ferreira Nunes, é a nova subprocuradora-geral do município. Imaginem: e se houver rusga entre o legislativo e o executivo por projetos de lei, vetos, etc... Vai dar briga em casa. Isso pode arruinar um casamento. 
 
Agora é tarde
 
Candidato à prefeitura de Nova Venécia nas últimas eleições, Wilson Japonês (PP) se deu mal com uma ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público Estadual (MPES). O processo correu em pleno pleito e, óbvio, virou arma política contra ele. Japonês despencou de uma cômoda posição que desfrutava. 
 
Agora é tarde II
 
Mas, por unanimidade, o Tribunal de Justiça Estadual (TJES), pertinentemente, considerou a ação improcedente. Tudo bem. Mas de que adianta, agora que as eleições já foram? Japonês perdeu. A grande questão é: quantos “japoneses” não há pelo estado, alvo de ações semelhantes?  
 
Dor de cabeça
 
Um usuário da Unimed passou por uma situação sui generis nesta quarta-feira (30). Pela manhã, precisou deixar exames no consultório de seu médico. Este estaria no consultório apenas à tarde. Mas recomendou que o paciente deixasse os exames lá assim mesmo, pela manhã. E assim fez o usuário, na certeza de que a Unimed não lhe oporia constrangimentos.   
 
Dor de cabeça II
 
O ususário foi lá e pediu à recepcionista que entregasse os exames ao médico. Explicou que tudo já fora combinado. Mas a recepcionista não deixou: “Então, o senhor volta à tarde para deixar os exames quando ele estiver aqui”. Conclusão: o melhor plano de saúde é viver. Mas com certeza, o segundo melhor não é a Unimed. 
 
Mal aê
 
Mesmo com a insegurança jurídica que envolvia o episódio - uma questão de infidelidade partidária - o presidente da Assembleia Legislativa Theodorico Ferraço (DEM) empossou Paulo Roberto (PMDB). Agora que a vaga vai para Olmir Castiglioni (PSDB), com que cara Ferraço vai recebê-lo, hein?
 
Aliás...
 
E quem entende essa do Olmir de “ouvir o partido” antes de assumir a vaga que obteve na Assembleia? O PSDB não tinha nem representante e, ano passado, levou um baile nas eleições de Vitória com Luiz Paulo Vellozo Lucas. A derrota em Vitória, pelo menos, valeu uma vaga na Assembleia: Marcos Mansor entrou na vaga de Luciano Rezende. E, agora, com a chance de inflar a representação na Assembleia, ele diz que vai “ouvir o partido”. Não é melhor ter dois tucanos na mão que nenhum voando?
 
Boate Kiss
 
Teve deputado estadual que não perdeu a brecha e foi na veia. José Esmeraldo (PR), por exemplo: já protocolou projeto estabelecendo normas de funcionamento de restaurantes dançantes, bares dançantes, boates, casas noturnas e de shows.
 
140 toques
 
“O papel do legislador ultrapassa, e muito, os limites da responsabilidade de votar regimentalmente as matérias pautadas pelo Executivo”. A deputada federal Rose de Freitas (PMDB) no twitter.
 
Pensamento
“O mundo não é branco e preto. É mais como preto e cinza”. Graham Greene

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