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‘Ainda bem que canto Marisa’ é nova aposta de Elaine Augusta

Mais: parceria com Kamilla Kaiser; show na Thelema; e novidades para 2026

Após se consagrar como uma das maiores cantoras do Espírito Santo, tornando-se uma das referências do samba capixaba, a cantora Elaine Augusta começa a trilhar novos caminhos, mas sem deixar para trás o trajeto já percorrido até aqui. A artista deu início ao projeto Ainda bem que canto Marisa, cujo repertório conta com músicas interpretadas por Marisa Monte, sejam elas compostas pela homenageada ou não.

Meuri Ribeiro

A estreia do projeto foi na II Viradinha do Espaço Thelema, no Centro de Vitória, no último sábado (6). O local escolhido para isso não poderia ser melhor. Foi nesse espaço cultural que Elaine Augusta iniciou sua carreira musical, lá nos idos de 2021, se apresentando semanalmente no Samba de Preta, que extrapolou a Thelema e passou a ser atração em muitos outros lugares. Dois anos depois o Samba de Preta acabou, mas Elaine Augusta continuou ascendendo em sua carreira musical e agora alça novos voos.

‘Algo diferente’

Cantar Marisa Monte, segundo Elaine Augusta, surgiu do ato de “olhar para si e pensar que pode fazer algo diferente”. Além disso, é claro, há um outro elemento importante: a paixão que a cantora nutre por Marisa Monte. “Quero revisitar a artista que sempre admirei. É uma fã que quer homenagear uma grande cantora, compositora, instrumentista”, destaca. O primeiro passo, recorda, foi ir ao show de Marisa Monte, da turnê “Phonica”, no Rio de Janeiro, em novembro deste ano. “Foi uma catarse, duas horas e meia de um show belíssimo”, lembra.

De ídola a fã

O segundo passo foi um encontro com a violonista Kamilla Kaiser, que tornou sua parceira no projeto. Elaine Augusta não a conhecia, mas viu uma apresentação dela na internet, procurou o instagram da artista e mandou um direct. O que chamou a atenção de Elaine? Ela mesma responde: o fato de Kamilla ser uma artista “delicada e sensível”. A partir daí surgiu uma parceria entre as duas. Kamilla, inclusive, relatou para Elaine que já a conhecia e era sua fã. “Agora eu também virei fã do trabalho dela”, exalta.

Repertório

Juntas, Elaine Augusta e Kamilla selecionaram as músicas para a apresentação. Primeiro foram 70, depois o número desceu para 30, posteriormente para 25, e findou com 16, que foram as cantadas na Thelema. De acordo com Elaine, a seleção foi “intensa”. “Dá vontade de cantar tudo”, completa. O nome do projeto faz referência à música Ainda Bem, que abre a apresentação, na qual é feita uma linha do tempo “dessa Marisa que vai amadurecendo musicalmente”.

Repertório II

Nessa linha do tempo estão os sambas de Marisa, como Meu Canário, música composta por Jayme Silva, e Carnavália, feita por Marisa Monte em parceria com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown e que faz parte do álbum Tribalistas, lançado pelo trio. A Marisa instrumentista também está na apresentação, com canções como Velha Infância, também do álbum Tribalistas e que, além desses três artistas, tem entre seus compositores Davi Moraes e Pedro Baby; e Vilarejo, também de Marisa, Arnaldo Antunes e Pedro Baby, junto com Antonio Carlos Santos de Freitas.

Show afetuoso

O show na Thelema, avalia Elaine Augusta, foi “afetuoso”. “A Thelema é um lugar que cheira a casa. Lá me sinto confortável, livre e acolhida para fazer as coisas sem julgamento”, afirma. Segundo a artista, a apresentação também foi muito romântica. “Marisa fala do amor de diversas formas, do amor por si, do se encontrar após o fim de uma relação amorosa, como na música Depois. Vilarejo fala do lugar ideal para a gente, a música Elegante Amanhecer, do Amor pela Portela. Marisa é amor o tempo todo, às parcerias, àquilo que acredita, que é delicado”.

Trajetória

Elaine Augusta, Maicon 7Cordas e Lilinho no projeto Samba de Preta

A produtora cultural da Thelema, Ruth Rangel, recorda a trajetória de Elaine na música, que está ligada também à trajetória do Espaço Cultural. “Em 2021, Elaine nos procurou e lançou aqui o Samba de Preta, projeto que ficou dois anos aqui. Este ano, em setembro, trouxe o lançamento de seu primeiro EP, Meu Santo Samba. Agora em dezembro ela retorna com novo projeto e escolhe a Thelema também para dar o pontapé inicial, para ser o local de início doAinda bem que canto Marisa. Demonstra o respeito e o carinho que Elaine tem pelo espaço e que o espaço tem por ela”, ressalta.

Força feminina

A parceria entre Elaine Augusta e Kamilla Kaiser vai permanecer e a Coluna espera que as duas subam muitas vezes ao palco para cantar Marisa Monte. Ainda mais por se tratar de um projeto que, como destaca Elaine, também se propõe a mostrar a força feminina. “Nós, mulheres, não somos o que querem que a gente seja, rivais, invejosas, somos muito potentes quando estamos juntas. Quero honrar a presença das mulheres que estão comigo nesses trabalhos. Nós nos fortalecemos. “Eu fortaleço a Kamilla e ela me fortalece”, celebra.

O samba não vai morrer!

Mariana Ribeiro

Muitos podem se questionar: “mas agora Elaine vai deixar de cantar samba?”. Na na ni na não! O samba não vai morrer, vai continuar vivíssimo no repertório da artista, que, inclusive, prepara novidades. “Tem coisa boa vindo por aí!”, projeta. A Coluna até quis saber o que é, mas ela falou que ainda não é hora de revelar. Por enquanto, vamos ficar na curiosidade e aguardando ansiosamente pelo que vem de novo em 2026.

Até a próxima coluna!

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